Na verdade o Filho do homem vai, como dele está escrito, mas ai daquele homem por quem o Filho do homem é traído! Bom seria para o tal homem não haver nascido.
NA 5ERDADE O FILHO DO HOMEM - Nomeando-se Filho do homem Jesus, ainda que não tivesse feito a Sua evolução em nosso Orbe, mostravan os o que a Humanidade, nas trilhas da regeneração, geraria no Grande Futuro. Filho do homem, portanto, é, neste caso, aquele que passou por toda a escala hominal, síntese das conquistas realizadas. Se na retaguarda, os aglomerados celulares trabalhados por Técnicos Espirituais constituiriam a forma hominídea com suas amplas reservas, Jesus, por Seus ensinos e por Seu testemunho, trabalha na retorta das potencialidades da razão e do sentimento, na formação do Homem Renovado.
VAI, COMO DELE ESTÁ ESCRITO, - Ocorreriam com Ele os acontecimentos previstos. As profecias são feitas por Espíritos elevados que, conhecendo a atualidade dos seres e o seu pretérito, e o encaminhamento de fatos nos terrenos da experiência, registram, com base no alicerce das causas e das necessidades das criaturas, episódios que se desenrolarão em tempo, às vezes, distante.
A efetivação dos registros, em épocas muito posteriores, serve para nos acordar. É uma expressão da misericórdia do Pai. As profecias comuns, feitas por Espíritos menos elevados, com relação aos anteriormente mencionados, podem deixar de se concretizar, servindo como sino que, batendo, adverte. Acatar a advertência ou não, fica a critério da pessoa.
Bom, ter em conta que, em qualquer circunstância, as profecias, quanto ao seu cumprimento, estarão sempre nos desígnios do Criador.
MAS AI DAQUELE HOMEM POR QUEM O FILHO DO HOMEM É TRAÍDO! - Para o traidor de Jesus, cuja semente já se achava em seu coração, iniciava-se um processo doloroso na engrenagem da Lei de Causa e Efeito.
Ninguém reencarna predestinado ao erro ou ao mal. O ambiente de necessidades e complicações faz emergir naturalmente o candidato aos escândalos. Judas, nesse episódio, foi aquele que dando azo a sua concupiscência, acabou por se envolver nas teias de sua própria inferioridade. Este fato viria reservar a seu espírito uma esteira de sofrimentos em reencarnações difíceis e trabalhosas, como a que viria receber, segundo algumas fontes, como Joana D’Arc, no século 15.
Nada obstante os sofrimentos reservados ao infeliz apóstolo, o ensino fica para nossas reflexões. O Mestre, a quem buscamos servir, está destinado a estar com a Humanidade até o cumprimento de Sua sublimada missão de arrebanhar todas as ovelhas de Seu rebanho. Felizes seremos a cada instante em que justificamos nossa adesão ao seu Evangelho pelas ações edificantes. Não estaremos livres, entretanto, de, em decorrência de dificuldades evolutivas que portamos, traí-lo no rol das circunstâncias, operando frontalmente contra Sua Mensagem de Amor. É por essas faltas, ante a consciência e perante o mundo que poderemos atrasar a caminhada e lançar obstáculos nos passos daqueles que investem confiantes nos ensinos Dele, que reúnem as esperanças de felicidade para a grande massa de deserdados que anseiam pela vitória do Bem e do Amor nos corações.
BOM SERIA PARA O TAL HOMEM NÃO HAVER NASCIDO. - À vista do futuro que o aguardava, esclarecidos pela Doutrina Espírita, o mesmo diríamos nós. Se tivesse renascido noutra oportunidade, mais forte, mais resistente, mais evoluído, talvez não fracassasse. Isso deve nos levar a valorizar a reencarnação, com todas as suas possibilidades de reajustamento para o espírito imortal, embora não seja concedida prova superior às forças de ninguém.
Para tanto, seja qual seja a experiência no plano a que fomos colocados pela bondade do Alto, bom é não descuidar da vigilância constante, garantida sempre pelo trabalho digno e pela renovação incessante.