E, comendo eles, tomou Jesus pão, e, abençoando-o, o partiu e deu-lho, e disse: Tomai, comei, isto é o meu corpo.
E, COMENDO ELES, - A ceia representa a reunião de congraçamento, de troca de vibrações fraternas e de sustentação, em que cada um, intimamente ligado ao grupo, se alimenta a fim de angariar forças para os grandes embates da vida.
Na extensão da ideia aos terrenos do espírito, reúnem-se corações para ingestão de recursos que lhes saciem a fome, segundo a natureza e os anseios que os associam em suas metas de atendimento à vida mental na pauta de seus lídimos interesses. Alimentar com o Cristo pressupõe, portanto, a assimilação dos nítidos valores, suficientes à manutenção da existência.
TOMOU JESUS PÃO, - Valendo-se Jesus do alimento básico do corpo físico, distribui expressivos elementos espirituais para cada um de nós.
Ensinava, como recomenda a boa didática, a partir do concreto, do objetivo, do conhecido.
Sem dúvida, o corpo doutrinário do Mestre se caracteriza como sustento fundamental do Espírito.
E, ABENÇOANDO-O, O PARTIU E DEU-LHO, - Impregnando-o de boas vibrações Jesus abençoa o pão, distribuindo cada pedaço, adaptando-o às condições de cada qual que o recebia. Hoje, já não temos dúvida de que cada fatia, cada porção de Seus ensinamentos é distribuída a cada um de acordo com sua capacidade de assimilação. Cada reunião que se faz em nome d’Ele é uma nova ceia em que cada qual oferece a sua cota e recebe, em nome de Sua Misericórdia, a parcela de bênçãos para continuidade da grande luta.
E DISSE: TOMAI, COMEI, ISTO É O MEU CORPO. - Não basta estar presente à ceia, é preciso tomar o alimento e comê-lo. Só assim estaremos nos apropriando da substância nutritiva contida em Sua mensagem. Somente o corpo do Cristo elaborado pela essência do Amor poderá suprir efetivamente a fome de equilíbrio e felicidade que aspiramos a cada instante.
O advento do Espiritismo, clareando o entendimento de modo direto, sem figuras, abriu, indubitavelmente, o caminho do conhecimento espiritual que deverá vigorar na Nova Era.
A vida em todas as suas expressões é mantida por alimento específico. No campo físico, biológico, não se pode prescindir do pão ou produto similar capaz de assegurar o entretenimento do cosmo celular.
Em sua vertente espiritual a vida, como reconforto vibratório e consciencial, dependerá do suprimento inesgotável do Cristo Jesus, cujos celeiros repletos de Amor, garantem a cada um a cota de que carece na subida incessante para Deus.
Tomai, comei, isto é o meu corpo dinamiza-se em nível de concretude pela percepção mais profunda. O corpo físico visível e palpável, assume aqui a função de material didático.
Canalizando com sabedoria o conteúdo essencial da Boa Nova, Jesus usa o pão material, para fazer referência ao corpo doutrinário que consubstancia os Seus ensinos. Tornando-o ponto central de observação, em nova dimensão, fornece-nos o sublime alimento da alma, elaborado com o ingrediente de austeros testemunhos, garantindo-nos, assim, a reserva alimentícia de que a alma necessita; verdadeiras e saborosas fatias do pão da vida que sustenta para a eternidade.