Luz Imperecível

CAPÍTULO 144

ELEVAÇÕES



Mc 14:26


E, tendo cantado o hino, saíram para o monte das Oliveiras.

E, TENDO CANTADO O HINO, - Os hinos eram os salmos. Cada um para uma ocasião. Segundo alguns estudiosos, este hino entoado por Jesus e seus discípulos era o grandioso Haliel, compreendendo os Salmos 113:118. A beleza e a profundidade desses Salmos evidenciam bem aqueles momentos que precediam o imenso sacrifício a que Jesus se entregava em favor de toda Humanidade.

A união de vibrações, neste caso, proporciona, não apenas segurança no poder divino, mas confiança e força para a empreitada a ser levada a efeito.

SAÍRAM PARA O MONTE DAS OLIVEIRAS. - A leste de Jerusalém, pouco mais de um quilômetro, cem metros acima do Templo, separado da cidade pelo vale do Cedrom. Dista de Jerusalém tanto como a jornada de um sábado (At 1:12) . Jornada de um sábado era a distância que um judeu podia andar nesse dia da semana, equivalente a do tabernáculo à última tenda, quando acampados no deserto. No sábado havia muitas restrições.

O Evangelho registra elevações geográficas, tais como Monte das Oliveiras, Tabor, Calvário. Espiritualmente considerados, representam pontos culminantes da individualidade, de onde podemos alçar voos de libertação, ou na falta de equilíbrio e de vigilância, precipitarmo-nos em despenhadeiros na forma de frustrações e desilusões.

Do Monte das Oliveiras, Jesus partia para a vitória; deixando, no próprio símbolo, a claridade para redenção de todo o Orbe. No fruto da oliveira encontra-se o combustível para a manutenção dessa claridade. E e sse combustível é extraído, como no caso da uva, esmagando-se o pisando-se o fruto. É a capacidade da criatura, em oferecer de si mesma, os ingredientes da paz e da felicidade em favor daqueles que a cercam.

É nessa atitude de auxílio, cooperação desinteressada que o Amor se faz presente em forma de luz, junto de corações aflitos, que por sua vez se destinam às aquisições mais evidentes na edificação que lhes cabe atingir.