Porque cada árvore se conhece pelo seu próprio fruto; pois não se colhem figos dos espinheiros, nem se vindimam uvas dos abrolhos.
PORQUE CADA ÁRVORE SE CONHECE PELO SEU PRÓPRIO FRUTO;
– Assim como cada árvore tem suas características, cada espírito possui valores que se vão aperfeiçoando sempre e gradativamente. Devemos admitir, porém, que, havendo boa vontade, trabalho e perseverança, o processo tende a ser dinamizado, agilizado.
A boa árvore é sempre um repositório de valores positivos. Forçoso reconhecer que a criatura põe à mostra o que é, quando reage, do que quando age, porque a reação é espontânea, foge a toda e qualquer planificação.
POIS NÃO SE COLHEM FIGOS DOS ESPINHEIROS, - Jesus se referia muito à figueira e à parreira. Ambas dão frutos com uma particularidade: sem florescer. E, oportuno é reconhecer que as flores sempre belas, úteis com seu aroma e essência, a evidenciarem a sabedoria e a perfeição da divindade, podem em última análise não passar de simples ornamento, principalmente, diante da presença do fruto que por alimentar, prepondera no plano das opções. Ante a necessidade de atendimento da fome física ou espiritual, necessário discernir entre o essencial e o acessório, neste caso, o enfeite torna-se dispensável. Espiritualmente compreendido pode expressar simples componente exterior sem qualquer perspectiva de mudança estrutural da criatura. Com isso, aprendemos que os espíritos devem crescer e frutificar, sem fornecer clima para ilusões nem se deter nelas.
O figo é um alimento fornecido pela figueira. Ótimo já termos atingido a condição de espíritos-figueiras, capazes de produzir algo que sustenta. Nessa altura, já temos responsabilidade tanto que o Mestre advertiu a figueira estéril: Nunca mais coma alguém fruto de ti. (Mc.
11 e
14) .
Certos disso, devemos lembrar que, não apenas existem figueiras infrutíferas, mas também, espíritos-espinheiros que, além de não produzirem, se constituem em verdadeiro martírio para aqueles que convivem em seu campo de ação.
NEM SE VINDIMAM UVAS DOS ABROLHOS. - Não se podem colher uvas dos abrolhos, que são plantas rasteiras e espinhosas. Apesar de sua função no processo evolutivo, o abrolho não ocupará o lugar da videira, planta de produção peculiar, a nos indicar, simbolicamente, toda a mecânica da renovação do espírito com Jesus. Todos nós, que ainda nos fixamos como espinheiros, somos convocados às mudanças de essência para que, transformando-nos em videiras na 5inha do Senhor, capacitemo-nos à prática do Bem, com Ele, que nos afirma: Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o lavrador. Toda a vara em mim, que não dá fruto, a tira; e limpa toda aquela que dá fruto, para que dê mais fruto. (Jo