E, saindo, foi, como costumava, para o Monte das Oliveiras; e também os seus discípulos o seguiram.
E, SAINDO, - Digno de registro, o fato de o Mestre em uma dinâmica incansável, esclarecer quanto a importância da ação e do movimento operante. Cada verbo, no Evangelho, apresenta sua mensagem, indicando atitudes, convocando-nos à meditação ou reflexão, definindo momentos de comunicação direta com vistas à prática objetiva.
E, saindo, evidencia a partida para um trabalho a caracterizar novas metas e consequente desvinculação. Identificados com a proposta renovadora, sentimos a presença deste movimento em nosso mundo íntimo do qual, o ser deve sair para os grandes empreendimentos.
Muitos se desencorajam por incapacidade de se desprenderem dos mecanismos escravizantes de uma vida mental acionada pelas insinuações pretéritas. Para outros, adotando firme direcionamento, conduzem o Espírito para empreitadas decisivas, capazes de assegurar a libertação para uma nova vida.
Felizes seremos quando identificando conscientemente os objetivos delineados, reconhecermos, sem apreensão ou temores que, a elaboração de um novo sistema implica na redução das influências de antigos padrões cultivados nos séculos. Este processo evidencia a disposição em passar-se pela porta estreita por Ele apontada.
FOI, COMO COSTUMAVA, PARA O MONTE DAS OLIVEIRAS; - Se, saindo nos leva a refletir sobre o movimento interior na busca de novos elementos, a ação implícita no foi, consolida plenamente o trabalho efetivo da atividade redentora.
O Monte das Oliveiras pode parecer, em rápida visão, um detalhe geográfico. No entanto, a região referida já define trabalho austero, disposição para o sacrifício. Neste particular, o cuidado do Evangelista, trouxe até nós, o fato de que Ele costumava empreender a jornada deixando claro que nenhuma tarefa do Espírito, quando visa o real crescimento, pode circunscrever-se a um fato isolado.
Valiosa a denominação Monte da Oliveiras, a sugerir amplas meditações no que respeita a capacidade de cada qual em produzir, imolando-se, a fim de que, a essência de seus atos, tal como a essência das olivas, garantam o combustível necessário à geração da luz.
E TAMBÉM OS SEUS DISCÍPULOS O SEGUIRAM. - Não é de agora que os discípulos acompanham os seus mestres. Também nós, sensibilizados com os propósitos de elevação, permanecemos vinculados aos dispositivos da Boa Nova. No entanto, aguarda o Mestre que as atitudes exteriores de seus seguidores possam, um dia, acionarem-se objetivamente, desprendendo seus corações das imantações milenares, mediante decisiva disposição de se elevarem espiritualmente.