E, levantando-se da oração, veio para os seus discípulos, e achou-os dormindo de tristeza.
E, LEVANTANDO-SE DA ORAÇÃO, VEIO PARA OS SEUS DISCÍPULOS, - A atitude adotada pelo Mestre encerra interessantes apontamentos relativamente à administração dos recursos e da postura a se adotar ante as circunstâncias que nos visitem.
Colocando-se em oração, fazia isso intensamente, dando-nos o ensejo de ponderar quanto ao poder da prece quando exercida com recolhimento aos mais profundos escaninhos da alma. Terminando-a não se faz de rogado, dá sequência à dinâmica realizadora no atendimento concreto das responsabilidades que lhe eram competentes.
Levantando-se, encaminha-se na direção dos seus discípulos, clareando para o nosso entendimento, que tanto necessitamos de oração quanto, a oração se completa no plano de realização e de trabalho.
Refletindo e direcionando-se aos planos mais Altos, a criatura se vê sensibilizada para a luta e para a renovação. Lançando-se ao campo realizador, necessita estar atenta, a fim de que suas disposições de ajuda e cooperação atinjam àqueles que se posicionam identificados com a mensagem que nos propomos veicular. E, dentro desta perspectiva, Jesus dirige-se para os seus seguidores, legítimos receptáculos e ávidos aprendizes do conteúdo que Ele ensinava, ao influxo da responsabilidade e de Sua perfeita identificação com o Criador.
E ACHOU-OS DORMINDO DE TRISTEZA. - O acontecimento sugere aspectos valiosos na dinâmica da cooperação e estado de receptividade de quem carece de auxílio e esclarecimento.
O discípulo, sob o prisma evangélico é todo aquele que se identifica de modo determinado com as metas da libertação espiritual.
É, portanto, o ponto de referência para onde convergem as linhas direcionadoras de estruturação e erguimento de uma nova mentalidade no contexto da evolução.
Apesar da soma de valores que já pode usufruir, das informações que detém, a invigilância pode ganhar campo, deixando manifestar ângulos de deficiências decorrentes dos condicionamentos herdados do pretérito milenar.
Toda criatura que se dispõe operar nos padrões de espiritualização, deve ter em conta que ao lado da sintonia com os fatores de aprendizado, marcham os componentes cultivados nos séculos que se foram, nem sempre positivos, a exigirem redobrada cautela.
Diante da angústia visualizada na pessoa do Mestre, em face dos acontecimentos que viriam, a fibra dos seus aprendizes mais próximos, vius e traída pelos tentáculos da tristeza.
Retiramos do fato a necessidade constante de refletir, sem apreensões, nos registros negativos a exercerem constante pressão sobre os melhores ideais, no sentido de desativá-los. Revestem-se de um poder, quase sempre de natureza sutil, a dormitar em nosso Espírito, sempre pronto, no entanto, a nos assediar em momentos peculiares. Dentre estes, permanecem enraizadas as insinuações menos felizes do apego, da suscetibilidade e da tristeza, que poderão, quando não administradas com segurança e refreamento, invalidar ou desarticular os melhores propósitos de equilíbrio e de auxílio.