Luz Imperecível

CAPÍTULO 209

TEMPO E ORAÇÃO



At 3:1


E Pedro e João subiam juntos ao templo à hora da oração, a nona.

E PEDRO E JOÃO SUBIAM JUNTOS - Pedro apóstolo; o mais velho dentre os doze; fonte do Evangelho de Marcos que, por isso, passou a ser conhecido como Recordações de Pedro. Escreveu duas Epístolas ou Cartas. Segundo registra a tradição, foi crucificado de cabeça para baixo, para não desencarnar de modo semelhante ao de Jesus, por julgar-se indigno disso.

João, também apóstolo, o mais novo deles, Filho de Zebedeu, irmão do apóstolo Tiago. Autor do quarto Evangelho, três Epístolas; e do Apocalipse ou Revelação. Os dois subiam juntos, ou seja, iam para um lugar mais alto, para o templo. No cumprimento das recomendações de Jesus, prosseguiam na proposta de realização. É bem a união da experiência com o vigor, na sustentação do trabalho objetivado.

Ainda hoje, cada qual é concitado a reunir os valores já arregimentados com as possibilidades de ação na subida redentora em que o templo das aspirações superiores é a meta, e os obstáculos e desafios do caminho, os meios sacrificiais da escalada.

AO TEMPLO - Templo, local de reunião, de oração, normalmente situado em posição de evidência, mais elevada. escalando a subida para alcançá-lo, a criatura demonstra as suas reais propostas. É o chamamento, hoje, à elevação das vibrações. A subida se faz pelo estudo, no constante preparo para as atividades de ordem espiritual, e na vivência dos ideais de Amor que já podemos visualizar.

Detectamos o templo de pedra onde circulam os padrões religiosos, o templo do lar criado para as mais significativas tarefas da educação, o templo do corpo que nos é oferecido como morada do espírito, o templo da mente, com suas antenas captadoras de preciosas revelações, no aguardo, todos eles, de valorização, pela verdadeira adoração a Deus, através da ação edificante.

À HORA DA ORAÇÃO, A NONA. 0 Tudo tem o seu tempo. À medida em que a evolução se faz, o horário a que temos de nos ajustar, na pauta da necessária disciplina, pode ceder lugar às condições e necessidades vigentes no mundo íntimo. Nesta hora, o relógio que demarca nosso movimento, e ao qual quase sempre nos escravizamos, passa a ser instrumento a nosso serviço, facilitando-nos a administração das atividades a cada minuto.

A oração, prece de sentimento, a traduzir-se em pensamentos, palavras e ações, poderá estar rigidamente vinculada a horas determinadas, nas linhas de nosso aprendizado, mas certamente, um dia, será veiculada espontaneamente, segundo as circunstâncias, sem as amarras do tempo, prefixado, consoante o ensino de Jesus: Assim o filho do homem até do sábado é senhor. (Mc 2:28) . Segundo a divisão do tempo àquela época, a hora nona equivalia a 15 e 00 horas. A terceira: 9 e 00 horas. E a sexta: meiod ia. No templo havia um sacrifício pela manhã e outro às 15 e 00 horas.

Sujeitando-se ao impositivo de adoração vigente, Pedro e João dão o testemunho de humildade e, adequando-se, sem escandalizar, à norma reinante, recebem não apenas o ensejo de comunhão com o Pai, pelas vias da oração, mas também de dinamização da mensagem do Mestre, pela oração-prática, proporcionando a um companheiro em provação a bênção do movimento.