Mas ajuntai tesouros no céu, onde nem a traça nem a ferrugem consomem, e onde os ladrões não minam nem roubam.
MAS AJUNTAI - Até hoje as referências eram de feição material; que agora em diante, de natureza espiritual, mostrando a sua excelência.
Na Terra todas as coleções estão sempre incompletas, fazendo a infelicidade dos seus proprietários. A moeda rola; a nota voa. Com relação ao que é espiritual, devemos nos empenhar em reunir, em ajuntar, porque jamais será em detrimento de alguém, em prejuízo de alguma coisa.
Lucra não apenas quem ajunta virtudes, mas também os seus circunstantes.
TESOUROS NO CÉU, - Há tesouros materiais e tesouros espirituais. Os primeiros cujo valor é somente o que lhes atribuímos. Os segundos valem, porque sua importância é intrínseca, real, verdadeira. Valem aqui e em qualquer lugar, na terra e no espaço. O tesouro constituído por bens espirituais é, portanto, inalienável, intransferível.
Acompanha a criatura onde quer que ela se encontre. O céu, não é lugar, mas estado íntimo. Quando há paz de consciência, tranquilidade no coração, existe céu. A prática do bem que vamos amealhando no coração dá uma sensação de plenitude. É o céu ação, realização, com benefício geral.
ONDE NEM A TRAÇA NEM A FERRUGEM CONSOMEM, E ONDE OS LADRÕES NÃO MINAM NEM ROUBAM. " - De fato, as construções espirituais e as conquistas de igual teor não conhecem destruição.
É a falta de lastro que atrai o ladrão. É a posição falsa de autorrealização. Estamos falando de tesouro real, autêntico. Esse está fora do alcance de qualquer agente destrutivo ou da ação de ladrões, porque quando nossas virtudes são ainda duvidosas, constituem mistos sombra e luz, de verdade e mentira, o ladrão da desconfiança, do desânimo pode insinuar-se.