Luz Imperecível

CAPÍTULO 38

INQUIETAÇÕES



Mt 6:31


Não andeis pois inquietos, dizendo: Que comeremos, ou que beberemos, ou com que nos vestiremos?

NÃO ANDEIS POIS 1NQUIETOS, DIZENDO - O ato de dizer é uma constante do caminho. Expressa verbalização, recurso inerente a todos os seres. Por ele, consciente ou inconscientemente, veiculamos aquilo que detemos e os ideais que cultivamos. Dizendo, vivemos cada instante da experiência.

Refletindo antes de dizer, usando da faculdade de pensar, habilitamo-nos a externar o melhor, segundo os padrões que alimentamos.

Exteriorizando o que sentimos estamos lançando sementes a germinarem no ambiente, influenciando positiva ou negativamente o campo e os seres a que estamos jungidos.

Selecionando pensamentos, à luz do Evangelho, passamos a veicular, por consequência, elementos mais nobres que, vertidos nas bases da existência, acabam por assegurar um padrão mais feliz de vida.

A partir daí, também, candidatamo-nos a fugir da inquietação que, apesar de amplamente presente na atualidade, tem sua participação no plano da existência, através dos milênios.

À época de Jesus, ela já se insinuava, minando a segurança e a alegria de muitos.

Felicitados hoje pelo conhecimento do Espiritismo, grande número de criaturas vem conseguindo administrar com equilíbrio os minutos, descobrindo a importância de cada fato e o papel que cada um desenvolve no espaço e no tempo, segundo os ditames do Criador. Valorização das horas, diligência, aproveitamento inteligente de cada fato, são iniciativas a definirem crescimento. Enquanto alguns se valem de suas faculdades de discernimento, não são poucos os que, chumbados na desconfiança ou no desânimo, ociosos ou indiferentes, agasalham-se nas teias da inconformação e da inquietude, lançando na esteira dos séculos, os gérmens da desilusão, a que fatalmente terão que se defrontar no momento certo.

QUE COMEREMOS, OU QUE BEBEREMOS, OU COM QUE NOS 5ESTIREMOS? - Com a consciência em paz, não precisamos andar preocupados com o que comer, beber ou vestir. Há muitas necessidades artificiais e reais, produto da propaganda ou do espírito de competição.

Quanto menor o campo de abrangência das necessidades, maior o reconforto íntimo pela natural eliminação das preocupações e das inquietações. Por quê poderemos estar tranquilos? Porque há a Lei de Causa e Efeito. Privando o semelhante daquilo que por direito lhe pertence, a carência que então advém, leva-o ao sofrimento. Os que hoje passam fome, sede ou estão ao desabrigo criaram, no passado, situação idêntica para alguém ou mal administraram os recursos divinos à sua disposição.

Ao lado dessas injunções, decorrentes da Lei, está também, a presença de criaturas dentro das mesmas dificuldades aceitando os testemunhos de privações no fortalecimento de corações visitados pelas provações maiores.