Luz Imperecível

CAPÍTULO 79

DESCENDÊNCIA DIVINA



Mt 16:16


E Simão Pedro, respondendo, disse: Tu és o Cristo, o Filho de Deus vivo.

E SIMÃO PEDRO, RESPONDENDO, DISSE: - Simão era pescador, casado e morava em Cafarnaum. Com Tiago e João, presenciou os fatos mais importantes da atuação do Divino Mestre. Residiu mais tarde, Jerusalém. O l ivro dos Atos registra muito de sua existência.

Segundo as tradições, foi ele quem ditou suas lembranças ao Evangelista Marcos, razão pela qual este Evangelho é conhecido como Recordações de Pedro.

Escreveu duas Epístolas ou Cartas. E, ao que consta, desencarnou crucificado de cabeça para baixo, pois não se julgou digno de morrer de modo semelhante a Jesus.

A resposta de Pedro nos leva a ponderar quanto à necessidade de sermos atentos a todas as indagações que nos chegam, dando a cada uma resposta exata e concisa. A nossa vinculação aos valores imediatistas e o pouco interesse que quase sempre damos a atos e fatos, por vezes da maior importância, nos têm impedido de visualizar grandes verdades e mesmo nos levado a passar por indiferentes ante situações ou problemas que possam dizer respeito à nossa felicidade.

É preciso convir, ainda, que todo aquele que nos questiona é intermediário do Cristo que vem avaliar o ensinamento recebido. Daí ser imperioso respondermos sempre e com segurança cristã, fazendo da resposta um testemunho de nosso aprendizado.

TU ÉS O CRISTO, - Cristo significa Messias, Ungido. Ungidos eram os reis para governar a Terra. Ungido, escolhido, foi Jesus para desempenhar uma missão junto aos espíritos que receberam a Terra como berço e educandário na assimilação dos ensinamentos crísticos capazes de lhes assegurar a união com Ele nas faixas do Amor. Nós viemos através das experiências reencarnatórias, absorvendo, gradativamente, o aprendizado;

Jesus, o Cristo, é Aquele que, descendo das esferas que já atingira, nos estende as mãos, indicando-nos o roteiro definitivo e seguro da Verdade.

O FILHO DE DEUS VIVO. - É uma ideia nova acerca da Divindade. Todos somos filhos do Criador, inclusive Jesus - o Mestre e Senhor. Agora, Deus é Deus Vivo, porque, com a chegada do Seu Filho, vivendo a Sabedoria em toda a sua amplitude, em seu aspecto prático, de exemplificação dos postulados incursos na Lei até então revelada. O Amor, para além do contexto filosófico, religioso se dinamiza em transportes de júbilo, de bondade. O exercício do Bem, sai do aspecto sacrifício, de feição constrangedora, e se estende glorioso pelos escaninhos sutis da Alma em sua feição de misericórdia. Deus, de um entendimento frágil, acanhado, se vivifica dentro de nós, nas linhas indeléveis da fé raciocinada e operacional, através d’Aquele que refletiu a sua luz grandiosa, integralmente, nas sombras do mundo.