Vede, não desprezeis algum destes pequeninos, porque eu vos digo que os seus anjos nos céus sempre veem a face de meu Pai que está nos céus.
VEDE, NÃO DESPREZEIS - Jesus nos recomenda que devemos ver, estar atentos para a ninguém desprezar. Do que damos, recebemos. Gentileza por gentileza; atenção por atenção, e assim por diante.
A presteza e solicitude para com aqueles que nos cercam, sejam eles mais próximos ou não, revelam a identidade que já podemos cultivar com as forças do Bem.
ALGUM DESTES PEQUENINOS, - Todo aquele, que tem atenta visão para as realidades do espírito, está automaticamente, convocado ao exercício da vigilância e do trabalho.
A responsabilidade dele, diante do semelhante, que lhe observa as mínimas atitudes, cresce.
Grandes serão sempre os prejuízos que, através de sua indução negativa, vieram a ser inoculados no psiquismo dos pequeninos, ou seja, daqueles que, com abertura de coração, ainda carentes de maiores valores no campo do conhecimento, virem-se desviados do caminho que, confiantemente, abraçam em seus propósitos de elevação.
A expressão algum destes quer definir que não há exceção, ou seja, nenhum dos pequeninos deve ser desprezado, porque todos, inclusive nós, somos filhos do Pai.
PORQUE EU VOS DIGO QUE OS SEUS ANJOS NOS CÉUS - Jesus faz referência ao espírito, seja ele dos pequeninos, seja dos anjos, que, como guardiães, acompanham e orientam do Plano Maior os passos que nos são inerentes na experiência cotidiana.
Nos céus define estado íntimo, serenidade interior, sensação de plenitude. Plural, propõe, tanto na Terra como no espaço. Em qualquer lugar onde a criatura, harmonizada consigo mesma, estiver.
SEMPRE VEEM A FACE DE MEU PAI QUE ESTÁ NOS CÉUS. - Não podemos personificar a Divindade.
Logo, a face de meu Pai estará sempre consubstanciada no Bem, no belo, no melhor, que a criatura alcance. Ao mesmo tempo, alimentando esse estado de ânimo, intensificará os potenciais que permitem a plena visualização do Amor em sua dinâmica para além dos acanhados limites dos interesses humanos.
Em ótica mais aprofundada, nos campos do sentimento, a mensagem do Mestre abre perspectivas para uma melhor percepção do Criador, a efetivar-se nas indicativas de mudanças e no trabalho dignificante junto ao semelhante.