Em face da problemática da evolução, a vida sexu-ada remonta aos períodos mais recuados do processo antropológico, quando o instinto de reprodução insta-lou-se no ser primitivo, na origem das expressões vivas em a Natureza.
Sendo um dos instintos primários de grande vigor fisiológico, a sua função origina-se quando da liberação daluliberina, a responsável pelo controle dos hormônios sexuais, produzida no hipotálamo.
Quando mínimas quantidades desse neurotransmissor são liberadas e captadas pelo diencéfalo, de imediato desencadeiam o desejo sexual.
Da mesma forma, outra substância, a oxitocina produz o mesmo resultado, o que faz seja a busca sexual um fenômeno biológico portador de grande impulso e força, que induz o ser animal à reprodução, cspecialmente o humano, quando se associam a dopa-inina e a betaendorfina, facultando a atuação sexual ao lado do desejo, às vezes, infrene.
Proporcionando prazer, na área da sensação, também responde por emoções agradáveis e duradouras, especialmente quando decorrentes do sentimento de amor que deve participar com vigor no conúbio sexual.
A ausência desse sentimento superior, dá surgimento a contatos apressados, destituídos de significado emocional, que não chegam a produzir a harmonia interior esperada, nem a saciedade, antes induzindo a novas e variadas experiências, na buscamágica de intérmino prazer que mais cansa do que produz bem-estar.
Nas faixas primárias da evolução, o fenômeno tem por objetivo apenas a reprodução da espécie, em razão da falta de equipamentos nervosos e emocionais para a formulação do prazer.
À medida que o instinto se fixa no ser vivo, surgem sensações fortes que logo passam, transferindo-se para a criatura humana em cargas sensoriais expressivas, que lentamente, à medida que se desenvolve a emoção, produz mais profundos estados de gozo, proporcionando equilíbrio, alegria de viver e salutar intercâmbio hormonal, tanto físico quanto psíquico.
A união sexual é fundamental à existência humana, por cujo contributo a vida se expressa, facultando as reencarnações dos espíritos, a união afetiva e a responsabilidade entre os parceiros que se elegem e se vinculam através do tempo, estímulos à arte e à beleza, ao trabalho e ao progresso, à busca da felicidade.
A ignorância cultural e as frustrações de indivíduos atormentados, no passado, amargurados pelos conflitos, rotularam o sexo como manifestação apenas da animalidade predominante no homem e na mulher, denominandoo pecaminoso e imundo.
A sua função é digna e estabelecida pela natureza como essencial à reprodução, sem a qual a vida física se extinguiria.
Em consequência, os atavismos religiosos ultra-montanos encontraram uma forma de manter a castração sexual, determinando que somente deveria ser usado o sexo para a finalidade procriativa, como se a Divindade estabelecesse limites no sentimento do amor, determinando que uma expressão dele é nobre enquanto a outra se apresenta abjeta.
Não têm, pois, razão, aqueles que assim pensam, porque a questão mais profunda não se limita à união dos sexos, mas à mente que se deixa viciar, procurando mecanismos eróticos para conseguir novas e estranhas sensações a que se permite, transformando a finalidade relevante da convivência com um parceiro em instrumento para a permissividade doentia.
Na condição de mecanismo sublime para a geração de vida, quando tem a sua função perturbada ou não reconhecida como parte integrante da existência, propicia conflitos e transtornos neuróticos de demorado curso, que infelicitam ainda grande número de indivíduos na imensa mole humana.
Da mesma forma, a herança perversa em torno da sua finalidade, como de condenação, remontando à expulsão do primeiro casal do paraíso, gerou, na mulher dos tempos idos, sofrimentos injustificáveis, que ainda remanescem em algumas doutrinas religiosas arbitrárias, que ao invés de libertar as criaturas, escravizam-nas ;i textos esdrúxulos de profetas transtornados e fundadores de religiões incapazes para a vida sexual...
O fenômeno sexual tem lugar, não no aparelho genésico, em si mesmo, mas no diencéfalo, onde se expressam os variados estados de excitação.
Nessa região, os neurotransmissores específicos da função sexual produzem as ânsias do desejo e favorecem com as reações orgânicas indispensáveis à comunhão fisiológica anelada.
Isso significa que a Divindade estabeleceu uma área específica no cérebro, para que a reprodução pudesse acontecer através de automatismos, que a evolução qualificou para melhor com a cooperação consciente do sentimento de afetividade.
Nas faixas ainda primárias, o abuso decorrente de falsas necessidades de prolongar indefinidamente o prazer, levou o indivíduo a comprometimentos psicológicos que redundaram em atuais condutas extravagantes e perturbadoras da função em si mesma.
Por outro lado, os comportamentos ansiosos e insatisfeitos, diante do natural cansaço da organização fisiológica, passaram a descobrir elixires e poções mágicos para o prolongamento da sensação, culminando, na atualidade, com o uso de substâncias químicas vasodilatadoras, que, certamente produzem prejuízos diversos, à medida que são absorvidas pelo organismo, não preparado para a ingestão dessa natureza.
A vitalidade sexual tem o seu início, o seu apogeu e a sua inevitável decrepitude, em períodos próprios da existência, de modo a serem transformadas as suas energias em outros tipos de fontes criativas, na arte, na religião, em aplicações de outra natureza, nas quais se expressa de forma inexaurível.
Aliás, toda a vida orgânica experimenta esse fenômeno de fragilidade, a princípio, pujança e decadência depois, que são resultantes dos impositivos da evolução e da transitoriedade da maquinaria física, programada para um determinado período e sem possibilidades de ininterrupta atividade.
No mundo das conjunturas relativas, não podería estar reservado ao corpo físico um programa superior às possibilidades estruturais da sua constituição temporal.
Não seja, portanto, de estranhar, que todas as funções orgânicas tendam, naturalmente, a sofrer alterações e a avançar no rumo da deterioração.
A mente ativa, decorrência natural do espírito lúcido, comandará sempre o carro celular, em qualquer período, no entanto, dentro das possibilidades que lhe constituem os equipamentos em uso.
Dessa forma, o sexo deve ser vivenciado com equilíbrio, ponderação, responsabilidade e discernimento, de modo que não se transforme em fator de perturbação ou de transtorno de comportamento.
A utilização saudável da função sexual constitui expressiva conquista moral do espírito, que lentamente se liberta das paixões mais grosseiras para alcançar os patamares da afetividade sem angústia.
Em realidade, no diencéfalo é que se encontram as funções das duas polaridades sexuais, na área pré-óptica do hipotálamo, que se apresenta mais volumosa no cérebro masculino, com uma formação específica, enquanto que, na mulher, apresenta-se duas vezes menor.
Exatamente nesse campo é que a luliberina é produzida e liberada.
Ao estímulo dessa área surge, por automatismo, o interesse do homem pela mulher, desencadeando o desejo sexual quase incontrolável.
Certamente outras áreas do cérebro também contribuem para a manifestação da função sexual, mantendo vinculação com o aparelho genésico.
Já, em referência à mulher, o seu centro de estímulos encontra-se em o núcleo ventromedial do hipotála-mo, sendo o mesmo nos demais animais mamíferos, que se submetem ao ato quando as fêmeas são buscadas pelos machos.
É nesse núcleo, portanto, que se expressam, no sexo feminino, as imposições dos hormônios sexuais.
Desse modo, no cérebro igualmente situam-se as polaridades sexuais, do ponto de vista de funcionamento, porquanto as expressões anatômicas são de natureza orgânica, que nem sempre correspondem às aspirações psicológicas do ser, dando lugar aos interesses homossexuais.
Graças à sua localização no cérebro, a função sexual manifesta-se de forma variada, seja de natureza romântica e terna ou através de comportamentos tímidos, de explosões de agressividade, de crueldade, de indiferença e de perversidade.
Desse modo, a atração entre os dois sexos é procedente de fenômenos diferentes no cérebro, facultando a conquista, o companheirismo e a união sexual, dependendo do hormônio que é secretado, a partir do momento em que o outro é visto, é recordado, é desejado...
A partir do primeiro contato visual ou físico com o outro indivíduo de sexo oposto, o cérebro masculino libera o hormônio vasopressina, que irá responder pelos sentimentos de fidelidade, de posse, de busca para a complementação sexual.
Durante a fase de sedução e encantamento, o homem está sob essa poderosa influência até o momento quando, estimulado e pronto para a união física, passa a experimentar a ação da oxitocina, que é igualmente relevante para as sensações e emoções femininas.
A união sexual, portanto, ocorre em ambos os parceiros sob essa ação prodigiosa, encarregada do desejo e da satisfação.
A sabedoria divina que compôs a organização cerebral para a união sexual, qual ocorre com as demais áreas referentes às diversas funções da vida fisiológica, psíquica e emocional, favorece a ambos os parceiros, no momento do clímax da união, a liberação de endorfina, a fim de que haja bem-estar e satisfação, que podem ser prolongados pela ternura e gratidão, que devem suceder a esse momento, quando advém o relaxamento muscular e físico generalizado.
Nas pessoas sensíveis e disciplinadas, exercem um desempenho de alta relevância no convívio sexual dos parceiros masculino e feminino, a carícia e a conversação amorosa, que se encarregam de estimular as áreas cerebrais correspondentes para a produção e liberação dos hormônios próprios para a função sexual.
A precipitação, a falta de preparação emocional, quando se busca apenas o conúbio físico, embora possa produzir a resposta cerebral, traz como resultado emocional a frustração, o futuro desinteresse, os conflitos da insatisfação...
O amor, na função sexual, é muito importante, mesmo do ponto de vista fisiológico, porque a liberação da oxitocina proporciona harmonia, já que esse hormônio é responsável pela sensação de paz que os parceiros experimentam no clímax da coabitação.
A máquina cerebral é tão extraordinária na sua funcionalidade que, nesse momento, também libera opi-óides que respondem pela satisfação e alegria derivadas da comunhão orgânica, impossibilitando os atritos e as disposições agressivas.
Desse modo, a comunhão sexual contribui poderosamente em favor da harmonia entre os parceiros, melhorando os grupos sociais, evitando as costumeiras agressões e crueldades.
Nos indivíduos satisfeitos sexualmente e harmonizados, sem os conflitos angustiantes e perturbadores da insegurança, da timidez, da inferioridade, predominam a alegria de viver, o bem-estar em relação à existência, o desejo natural da procriação, da proteção à família, da boa luta em favor do progresso pessoal e da comunidade.
Na função sexual encontram-se muitos fatores que propiciam a paz assim como os conflitos, dependendo da conduta e do estado em que se encontrem os indivíduos masculinos e femininos.
Aqueles, porém, que transitam no corpo sem parceria, nem por isso devem entregar-se ao desencanto, à melancolia, à infelicidade.
Direcionando a mente para os ideais de beleza, de fraternidade, do trabalho na arte, na pesquisa, em qualquer área em favor da auto-realização, experimentam equivalente bem-estar, idêntica satisfação em face da liberação de outros hormônios como a dopamina, a betaendorfina, que os reconfortam.
Assim sendo, nada obstante a necessidade da comunhão sexual, não somente através dela é possível a harmonia, mas também mediante outros mecanismos de realização pessoal, social e espiritual.
O ser humano é, antes de tudo, o espírito que aciona o corpo e não somente o seu cérebro.
Como é certo que os hormônios são responsáveis pelas ocorrências do prazer e do desconforto moral, da harmonia como da agressividade, da alegria como da tristeza, é o espírito que imprime nos neurônios a capacidade de produzir este ou aquele neurotransmissor responsável por tal ou qual finalidade.
Nesse desempenho, o mapa das reencarnações estabelece os mecanismos próprios para os necessários resgates de compromissos anteriores, para a promoção de novas conquistas, para as realizações libertadoras que devem constituir programa de ascensão e nunca de queda ou de estacionamento nas trilhas da evolução.
Não fora dessa forma e a vida com os seus notáveis contributos emocionais não mais seria do que resultado de processos neuroquímicos, definindo os seres e submetendo-os aos seus caprichos ilógicos, conforme afirmam alguns materialistas confessos.
Há sempre uma causa antes do fenômeno que sucede na vilegiatura material, antecipando-o nesta existência.
Felicidade, portanto, e desengano, são produzidos pelos hormônios neuronais, em face dos impositivos espirituais encarregados da evolução.
São eles que diferenciam as criaturas, que determinam as polaridades e suas funções, no aparelho genésico e no cérebro, de modo que expressem como impositivo o que se torna necessário para o processo evolutivo dos seres humanos.
Os saudáveis relacionamentos sexuais favorecem o equilíbrio emocional entre o ego e o Self, proporcionando real alegria de viver.
Lamentavelmente, porém, a vulgarização do ato sexual, apresentado mais como resultado de condimentos eróticos do que resultado de sentimentos que se fundem através do amor, gera expressivo número de comportamentos aliénantes, que culminam por transtornos de vário porte.
Não são poucos os desconfortos defluentes do ato sexual em face dos distúrbios entre a imaginação, os fetiches, os condicionamentos emocionais e a realidade.
A timidez de uns e o atrevimento de outros facultam choques de conduta que se revelam profundamente perturbadores nos relacionamentos, quando se deveria primar pelo equilíbrio, mediante condutas ético-morais pertinentes a uma função de tão complexo significado, qual a de natureza sexual.
Os vícios a que se acostumam os indivíduos, mediante a autossatisfação e a exacerbação dos estímulos pela imaginação, os desvios de conduta sexual, raiando a verdadeiras aberrações criam dependências emocionais, que não encontram satisfação quando no uso equilibrado das funções genésicas.
Ademais, trazendo no inconsciente profundo as marcas dos compromissos infelizes do passado, a atual existência faz-se assinalada por inseguranças e medos, quando não por distúrbios do sentimento e dubiedade de conduta, mantendo um comportamento social correspondente às exigências do grupo em que se encontra e outro de natureza mental, vicioso, vulgar, promíscuo...
As paisagens mentais de incontável número de pessoas apresentam-se ricas de imagens chulas e atentatórias ao pudor, impondo devaneios que se tornam cada vez mais inquiétantes, pela impossibilidade de se tornarem realidade no mundo das formas.
Estorcegam, esses, que se permitem o prolongamento da anomalia, sem buscarem psicoterapias convenientes, em verdadeiros conflitos que defluem da viciação mental em que transitam.
Negando-se a situação de enfermos em processo de recuperação, fogem da realidade para os guetos morais dos lupanares e motéis onde se encontram à disposição os instrumentos do prazer doentio, ampliando a área emocional de insatisfação e desatino que culminam por danos psicológicos, às vezes, irreversíveis.
O Se//acumula as experiências e as amplia em cada jornada reencarnatória, propiciando as condutas compatíveis com os hábitos armazenados.
Por essa razão, cada qual vivência aquilo a que está acostumado, embora deva buscar a renovação e a aprendizagem de novas experiências que conduzam à saúde moral e física, mental e emocional, para a qual a função sexual desempenha um papel de significativa importância.
O relaxamento dos valores éticos e morais dá margem aos voos da imaginação exacerbada, propondo prazeres exaustivos de qualquer forma, que não conseguem acalmar os seus aficionados.
Quanto mais se vulgarizam os atos sexuais, mais necessidades falsas se apresentam para o seu atendimento.
Por isso que a lamentável contribuição da pornografia com todos os seus derivados, torna-se de resultados danosos ao saudável relacionamento entre dois indivíduos masculino e feminino.
Certamente, não se torna necessária qualquer técnica de castração, de impedimento à realização sexual.
Nada obstante, a liberação exagerada e os ingredientes que são oferecidos para os bons resultados, são mais morbosos do que salutares.
O sexo deve ser considerado como órgão propor-cionador de alegria, mas também de funções específicas, aquelas que lhe são pertinentes, e não apenas de prato apetitoso de gozos infindáveis.
Não é, portanto, o sexo que aturde o indivíduo, mas a sua mente e conduta depravada que o levam ao desva-rio.
Como justificativa para a alucinação que toma conta de grande parte da sociedade, facilitam-se as condutas sexuais conforme os padrões de cada pessoa, dando lugar aos abusos da função e aos desvarios da prática.
Tudo quanto violenta a natureza em si mesma, nas suas construções e apresentações, nas suas finalidades orgânicas, transforma-se em motivo de desordem, afetando o ser humano de maneira significativa.
O sexo foi colocado a serviço da vida e não esta à sua servidão.
O ser humano, possuidor de inteligência e de consciência, dispõe de mecanismos superiores para o trânsito evolutivo pela área da razão, utilizando-a para a vivência equilibrada das funções de todos os órgãos, ao invés da exaltação e preferência de um deles, em detrimento dos demais.
Decorre, desse abuso, o exaurimento de energias, a saturação do tipo do prazer experimentado, o desinteresse emocional pela vida fora dessa única realização, o tédio existencial, fugindo-se, então, para o alcoolismo, a drogadição, a revolta.
Quando se descamba no rumo das dependências referidas, começam a desagregação da personalidade, a instalação de transtornos depressivos profundos, de alienações da realidade, até o momento infeliz do surto que empurra para o suicídio ou para o homicídio...
Por outro lado, a vivência desregrada pelo abuso sexual ou pelo seu uso indevido, antiético, já é uma forma de distúrbio de conduta e uma indireta opção mesmo que inconsciente, às vezes, pelo suicídio a que se lança o paciente.
A vida é rica de objetivos elevados, cabendo ao Self estruturar-se de forma que a sombra escura ceda passo à claridade do discernimento das finalidades existenciais, além da eleição de uma área de comportamento especial.
Toda vez quando o ser cinge-se a um tipo de conduta com desligamento da complexidade delas, que produz a saúde emocional e mental, experimenta inquietação íntima e insatisfação por mais se afervore no que faz, às vezes, fanatizando-se, como mecanismo de fuga do conflito em que se debate.
Nesse sentido, quando se apresentam conflitos entre a polaridade física e a psicológica, facultando a afetividade homossexual, cabe aos indivíduos a vivência da ética-moral, deixando-se inspirar pelo amor real e sublimando os sentimentos.
Quando essa meta não é conseguida, o afeto e o respeito devem constituir recursos valiosos para a parceria, evitando-se a promiscuidade, o comportamento exótico e provocador, que caracteriza transtorno da emoção, agressividade contra a sociedade que, afinal, não é responsável pelos conflitos de cada cidadão.
A interiorização do sentimento de amor depois de I rabalhado com esmero, expande-se dignificante e rico de bênçãos em todas as áreas do comportamento humano, não apenas expressando-se elevado nos relacionamentos heterossexuais.
Constatado que o homossexualismo não tem natureza patológica, nem é impositivo neuronal, conforme os estudos de nobres neurocientistas da atualidade, reconhecida a tese pela Organização Mundial de Saúde, podemos afirmar, sim, que se encontra geneticamente assinalando alguns neurônios, de forma que a produção de hormônios seja compatível com as heranças espirituais do passado, sempre as grandes delineadoras do presente e do futuro, ou com as necessidades evolutivas...
O espírito progride viajando através de ambas as polaridades, masculina e feminina, facultando que, na mudança de uma para outra, por necessidade de progresso, as marcas (arquétipos) da existência anterior fixem-se na constituição atual, sem nenhum caráter de natureza cármica, punitiva, como pretendem alguns estudiosos, ou por efeito da necessidade de retificação de erros anteriormente praticados, vivenciando novas experiências iluminativas.
Seja, no entanto, qual for, a causa anterior que responde pela atual conduta homossexual, por esse conteúdo anima que se encontra no ser masculino, assim como pelo animus que faz parte da constituição feminina, adquirindo prevalência e impondo a necessidade de atendimento, a conduta moral do espírito irá delinear-lhe a existência harmônica ou conflitiva, insatisfeita ou não, pela qual transitará.
O fato de alguém amar outrem do mesmo sexo não significa distúrbio ou desequilíbrio da personalidade, mas uma opção que merece respeito, podendo também ser considerada como uma certa predisposição fisiológica.
Pode-se considerar como uma necessidade sexual diferente com objetivos experimentais no processo da evolução.
O amor, no entanto, será sempre o definidor de rumos em favor do ser humano em toda e qualquer situação em que o mesmo se encontre.
O momento máximo da comunhão sexual apresenta-se, quando os parceiros se percebem portadores da progenitura.
A constatação do fenômeno procriativo constitui emoção incomum no processo da evolução racional do ser humano.
Especialmente a mulher que se converte em mãe, quando consciente da grandeza e significado da gestação, desde então, tornando-se abençoada por contínua produção de dopamina e oxitocina, tem o seu diencéfalo programado para essa finalidade, experimentando felicidade e bem-estar, excetuando-se, naturalmente, os casos de vivências provacionais e expiatórias.
Nesse período, a mulher torna-se una com o ser em processo de renascimento, mental e emocionalmente, experimentando as mesmas sensações de bem ou de inal-estar.
Quando nasce a criança, o ato da amamentação também o é de felicidade, em razão do prazer que experimenta a mulher nutrindo o seu rebento, dando lugar ao aprofundamento da afeição entre ambos.
Essa afeição profunda favorece a mulher-mãe com uma alta percepção em torno de tudo quanto acontece com o fi-lliinho, aguçando-lhe a capacidade de ouvir, de sentir, de compreender, que se prolonga por toda a existência.
A mulher nasce programada para a maternidade, como afirmamos acima, em função da necessidade evolutiva, possuindo no cérebro as marcas genéticas para tal fim.
A felicidade maternal é de tal ordem que as emoções, as sensações do filho se refletem na mulher, e vice-versa, tornando-se os dois, praticamente um único ser...
Os homens também experimentam grande ventura pela procriação, sentindo-se realizados na condição de progenitores, o que lhes faculta afirmação da personalidade e da masculinidade, proporcionando-lhes maior completude no lar.
Indivíduos imaturos, no entanto, quando não preparados para a progenitura experimentam ciúme em torno do relacionamento da mãe com os filhos ou viceversa, acreditando que os mesmos vieram roubar-lhes o amor do parceiro, quando, compreensivelmente, esse amor, ao invés de diminuído, mais se enriquece, por liber ar-se da injunção de direcionado em relação apenas a uma pessoa.
Quando há maturidade psicológica, ambos os genitores mais se aproximam, a fim de atenderem a prole, favorecendo-a com a segurança própria ao seu desenvolvimento, considerando-se a dependência total de que são portadores, enquanto que os adultos já podem vivenciar a existência com os próprios recursos de que dispõem.
Os filhos enriquecem o lar, ampliam a capacidade de dever nos pais, dão um significado profundo à união dos adultos, o que proporciona a real felicidade na união.
Graças a eles, a luta dos genitores faz-se com mais profundos objetivos, facultando maior desenvolvimento intelecto-moral e maior sustentação de ideais de felicidade para a família.
Quando, porém, a união está periclitando, pensa-se, muitas vezes, indevidamente, que a chegada de um filho poderá salvá-la, o que nem sempre acontece, porque, passadas as alegrias iniciais, retornam o tédio e o desinteresse entre os parceiros, que se distanciam, inconsciente ou conscientemente.
Sem embargo, os parceiros que não procriam por uma ou outra razão, física ou psicológica, não se devem entregar à perda da motivação conjugal, porquanto a patermaternidade pode estender-se ao sentimento de solidariedade, abarcando outras vidas como credoras de carinho, favorecendo o desenvolvimento geral do grupo em que se encontram, tendo em vista a família universal de que fazem parte.
Não somente através da procriação biológica pode-se experimentar o inefável prazer de ser-se pai ou mãe, mas também mediante a adoção do sentimento humanitário, artístico, cultural e espiritual.
O bom direcionamento da mente em favor dos ideais favorece a existência com uma forma de maternidade ou de paternidade feliz, que estimula ao prosseguimento existencial enriquecido de alegria e de bem-estar.
O sexo, portanto, a serviço da vida, é portador de saúde comportamental, que se expande na emoção e no psiquismo.
Uma vida saudável sexualmente responde por sentimentos de alegria e de bemestar, ampliando as áreas dos relacionamentos sociais e idealísticos em que se encontram as criaturas.
Vale, porém, sempre ressaltar, que o sexo deve ser exercido com a valiosa contribuição do amor, que estimula a produção dos hormônios propiciatórios ao prazer e ao equilíbrio, sem a pressa dos indivíduos psicologicamente irrealizados, tanto quanto daqueles que, saturados de experiências bizarras, esperam satisfação apenas orgânica, sem a contribuição da emoção plenificadora.
Educandorse, desse modo, a mente, e disciplinando-se a vontade, as funções sexuais expressam-se naturalmente e de forma equilibrada, evitando o mergulho em transtornos neuróticos ou psicóticos, sutis ou profundos, em razão da perfeita identificação entre as ambições do ego e as possibilidades do Self que rege o comportamento humano.
Por fim, podemos referir-nos a indivíduos que nascem com características masculinas ou femininas e são considerados conforme a aparência, que se altera por ocasião da adolescência, na puberdade, quando se definem morfológica e psicologicamente as funções sexuais através dos órgãos anexos.
O fato demonstra que no cérebro estão gravados em áreas próprias para a função e a fisiologia sexual, desenvolvendo-se de forma própria e independente.
Seja através dos relacionamentos saudáveis ou ocorra mediante a abstinência consciente e tranquila, sem traumas, nem imposições de qualquer natureza conflitiva, o sexo é portador de mensagem vigorosa de paz e de alegria.
Sexo e saúde são termos da mesma equação da vida.
Temas para reflexão: 200.
Têm sexo os Espíritos? "Não como o entendeis, pois que os sexos dependem da organização.
Há entre eles amor e simpatia, mas baseados na concordância de sentimentos. "
* "Um novo mandamento vos dou: que vos ameis uns aos outros; assim como eu vos amei a vós, que também vós vos ameis uns aos outros.