margem ocidental do Rio Jordão.
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Teria sido edificada há oito mil anos, muito antes dos tempos bíblicos.
Dois episódios marcantes lhe fazem referência, na Bíblia.
O primeiro, uma fantasia.
Diz respeito a uma conquista material, que teria ocorrido há perto de três mil e duzentos anos.
A cidade fora sitiada pelas tropas de Josué, chefe judeu que sucedera Moisés.
Protegida por muros altos e fortes, previa-se prolongada resistência.
Seguindo a orientação de Jeová, sete sacerdotes judeus tocaram trombetas nas proximidades dos muros, durante sete dias.
No sétimo, houve um momento em que, somando-se ao som estridente, soldados e civis que cercavam a cidade deram um grande grito.
Os muros não resistiram.
Ruíram, fragorosamente.
Cumprindo "piedosa" determinação de Jeová, os invasores passaram a fio de espada homens e mulheres, crianças e velhos, bois, ovelhas e jumentos, como era o hábito dos belicosos filhos de Abraão.
O segundo episódio, mais ameno, confiável e significativo, diz respeito a uma realização espiritual.
Chegava Jesus à cidade, acompanhado de seus discípulos e de grande multidão.
Era cada vez maior o número de pessoas que o seguiam em suas andanças, atraídas pelos prodígios que operava.
—Jesus, filho de Davi, tem compaixão de mim!
Algumas pessoas ordenaram-lhe que se calasse, a fim de não perturbar o grupo que passava.
—Jesus, filho de Davi, tem compaixão de mim!
Por que filho de Davi?
Não era José o seu pai?
Não há nada errado.
Segundo as tradições, o Messias seria descendente do famoso rei, uma das figuras eminentes da história judaica.
—Jesus, filho de Davi, tem compaixão de mim!
Ouvindo-o, o Mestre pediu que o levassem à sua presença.
—Tem bom ânimo! Levanta-te! Ele te chama.
Destaca o evangelista Marcos que, desfazendo-se da capa que usava, Bartimeu levantou-se num salto e aproximou-se.
—Que queres que eu te faça?
—Mestre, eu quero ver.
—Vai em paz, a tua fé te salvou.
No mesmo instante Bartimeu foi agraciado com a dádiva da visão e, conforme a narrativa evangélica, passou a acompanhar o grupo, glorificando a Deus.
Temos, neste episódio, uma das curas espetaculares operadas por Jesus.
Exercitava o passe, prática largamente difundida no meio espírita, uma transfusão de energia magnética.
Um dos problemas que envolvem a saúde humana é a desvitalização.
A jornada terrestre é repleta de problemas, lutas e dificuldades, o que é natural vivemos num planeta de expiação e provas. .
Ocorre que, em face de nossas limitações, temos dificuldade para lidar com esses contratempos.
Ficamos nervosos, tensos, irritados, desanimados, desconsolados, pessimistas...
Esse estado negativo implica em perda de vitalidade, semelhante ao acidentado que sofre uma hemorragia.
Fragilizados, abrimos portas a influências espirituais e desajustes variados.
A Medicina cuida superficialmente dos males que lhe são decorrentes.
O passe tem uma ação mais efetiva, fortalecendo nosso psiquismo, algo semelhante aos benefícios da transfusão de sangue numa pessoa anêmica.
Não é necessário dom especial para aplicar magnetismo.
Apenas ter saúde, estar em paz, não cultivar vícios, exercitar frugalidade e disposição de servir.
O poder de cura não se subordina à intensidade dos fluidos magnéticos.
Muito mais importante é a qualidade, a partir da dedicação ao serviço e ao cultivo de um comportamento espiritualizado, reto, digno, com o que o passista se habilitará ao apoio indispensável dos mentores espirituais.
Detalhe que não devemos esquecer: Tão ou mais importante que a capacidade do passista é a receptividade do paciente.
Na passagem citada e em outras, Jesus faz referência à fé como veículo de cura.
Poderiamos defini-la como confiança plena.
E a chave para abrir nosso mundo íntimo, estabelecendo a ligação entre nós e o passista, habilitando-nos a receber o benefício.
Por isso, quando nos submetemos a esse tratamento, devemos ver diante de nós não a figura do passista, mas o representante da espiritualidade, que tanto mais nos beneficiará por seu intermédio, quanto mais elevados forem nossos sentimentos, na posição mental de quem confia no Alto.
Importante evitar os exageros.
Bartimeu tinha uma capa que usava como esteira para sentar-se à beira do caminho, ao mendigar.
Há quem veja em sua atitude, dispensando-a ao ser chamado por Jesus, algo do despojamento necessário para que sejamos beneficiados.
Isso significaria que o doente deve demonstrar sua fé limitando-se ao tratamento espiritual.
Perigoso equívoco!
Não temos passistas com potencial para operar prodígios como Jesus, e estamos longe daquela fé capaz de transportar montanhas.
Por outro lado, não. devemos esquecer que a Medicina também é obra de Deus.
Portanto, quando descartamos a terapia convencional, privilegiando a espiritual, estamos recusando um instrumento divino em favor de nossa saúde.
Ambas vêm de Deus! Ambas se completam!
Multidões buscam, nos Centros Espíritas, o poder regenerador do passe magnético.
As reuniões mais concorridas são aquelas onde há esse serviço, irresistível atração.
Procuram o hospital.
• Sararam.
Não precisam mais de seus serviços.
• Não sararam.
Procuram outro serviço.
Felizes os que enxergam a escola.
• De onde viemos?
• Que fazemos aqui?
• Para onde vamos?
• Como compatibilizar a justiça divina com as injustiças da Terra?
• Se Deus é a bondade suprema, como explicar o mal?
• E possível ser feliz, mesmo enfrentando atribu-lações?
Se alunos aplicados, mudam inteiramente os rumos de sua existência, como cegos que começam a enxergar. Deles podemos dizer, à semelhança do que ocorreu com Bartimeu: Cheios de júbilo, integram-se nos abençoados labores do Centro Espírita, rendendo graças ao Criador pelas dádivas recebidas.