Estudiosos afeiçoados aos "ditos do Senhor" mergulharam, em todos os tempos, o pensamento nas fontes evangélicas, em busca de consolo e diretrizes, encontrando na clara mensagem da Boa Nova o clima de paz e amor necessários a uma vida feliz.
Narrativas comoventes relatam os encontros do Rabi Amoroso com os corações constrangidos pela dor e com os espíritos atribulados, a todos ensejando, pelo verbo luminoso e sublime, os roteiros libertadores.
Páginas de beleza inefável têm sido elaboradas sobre os efeitos e as palavras do Enviado de Deus, favorecendo o pensamento humano com antevisões do porvir e sugerindo retrospectos das inolvidáveis emoções que viveram os que participaram das jornadas d’Ele...
Infelizes e enfermos de variada classificação, obsidiados e dementes de muitas alienações foram reconduzidos à serenidade e à paz através da mensagem de esperança que Ele nos dá, desde então, como pábulo(2) que nos mantém alimentados, conduzindo-nos para a frente e o amanhã.
Muito mais poderia ter dito e feito o Senhor.
Nau o disse, porém, nem o fez.
E o que não disse, o que não fez, são tão grandiosos que atentam a excelente procedência d’Ele.
Recusado por uma aldeia do interior de ser ali agasalhado, nada disse, e instado pelos discípulos para que ateasse o figo do céu sobre o lugarejo ímpio, não o fez. Retirou-se em silencio, plácido e triste, seguindo adiante...
Impossibilitado de falar ao povo de Gadara, após a recuperação psíquica do gadareno, não disse uma sentença contraditória, não teve um gesto de revolta. Imperturbável, retornou ao mar e à Galileia.