Não obstante a mensagem excelente que deixou para servir de modelo e guia para o comportamento dos homens, as trevas lentamente obscureceram as mentes e os corações desfaleceram na luta...
Quando mais tarde a Ciência começou a abrir horizontes felizes para a vida, a Religião, assinalada pelo obscurantismo dominante, tentou impedir-lhe o avanço.
Marchando separadas por séculos a fio, chegou o momento em que os Espíritos, à semelhança dos antigos profetas, romperam o véu da ignorância e prepararam o advento da Codificação Espírita, que logra o desiderato de unir a fé à razão.
Através do conhecimento haurido na experiência dos fatos, morre o materialismo e uma aliança se faz entre a Ciência e a Religião que se desveste dos dogmas, dos paramentos e dos quejandos para aproximar a criatura do seu Criador.
O Espiritismo, hoje, como Jesus, a Seu tempo, é a luz viva que crepita nas almas e liberta-as do mal que nelas ainda predomina.
Luz viva que apontará os rumos da fraternidade às nações e atrairá todos os homens ao ideal de uma perfeita identificação com a Vida.
, para estudo e comentários de alguns temas de atualidade.
Allan Kardec, repetindo e atualizando a mensagem de Jesus, trouxe para estes dias turbulentos a mais admirável contribuição ético-filosófica de que se tem notícia, abordando questões de alta grandeza e profundidade, à luz dos modernos descobrimentos da Ciência, numa linguagem simples e oportuna, capaz de guiar e sustentar o homem que, no limiar do Infinito que devassa e conquista, perde os espaços do equilíbrio emocional e não suporta as propostas da vida hodierna que o desafiam, levando-o à violência, à agressividade e à alucinação.
Não temos a prosápia de supor que outros companheiros, especialmente os cultores das belas letras espíritas na Terra, portanto, mais bem equilibrados intelectualmente, não pudessem fazer este trabalho, ou que o mesmo tenha um valor expressivo.
O que ambos pretendemos, Marco Prisco e nós, é depositar os nossos grãos de mostarda no solo das mentes e dos corações, na expectativa de que possam germinar e reproduzir-se, inspirados pela parábola apresentada por Jesus, a respeito da fé...
Por fim, exoramos ao Senhor que nos conduza e abençoe, auxiliando-nos a conquistar a luz viva, para que, brilhando sempre em nós, nos felicite e nos dê paz.
Joãnna de Ângelis Salvador, 03 de setembro de 1984.