Necessário um exame cuidadoso em tomo das aspirações que se acalenta.
Que se quer, para que e por que se deseja são indagações que devem merecer destaque na pauta das ambições humanas.
Todos os homens sempre querem algo da vida. Raros, porém, dispõem-se a consegui-lo, atirando-se com decisão ao anseio que aspiram, investindo esforços e renúncias, a fim de lograr o êxito que pretendem colimar.
Todos asseveram que almejam felicidade. No entanto, o querer felicidade é um pálido aspirar sem as bases fortes do sacrifício em que apoiem o que pretendem.
Confundem, também, felicidade com posse e gozo e se afadigam nas paixões em que sucumbem, naturalmente.
O ato de querer deve revestir-se de um forte interesse do Espírito, que selecionou o que lhe seja de melhor para sempre e não, apenas, para a transitoriedade do corpo.
Saber querer, resulta de uma ponderação amadurecida, após a seleção dos desejos imediatos que dizem respeito às ligeiras ambições.
Porfiar no querer, de modo a não desanimar ante as dificuldades ou os aparentes insucessos que fazem atrasar a chegada do que se quer, é o primeiro passo para uma aquisição real.
Querer com elevação e sem as feias marcas do egoísmo, facultando uma conquista útil a todos.
Querer o bem, a fim de repartir a alegria de viver, elevando-se, eis o fanal.
Seja o teu querer mais do que um simples anelar.
Coloca a vontade ao lado do esforço e empreende a nobre tarefa de conseguir o que queiras de superior, em relação à vida.
Referta a alma com o querer libertar-se das paixões dissolventes e esvazia as mãos das posses tormentosas. , Submete-te à vontade do Senhor, propiciando-te a aprendizagem e a valorização do que queiras, porquanto, mesmo que sejam relevantes tuas ambições, quiçá o teu querer não mereça o aval da divina legislação, impelindo-te ao que deves receber e não ao que queres lograr.
Com Jesus aprendemos a fazer a vontade do Pai e não a nossa, porquanto, nem sempre o que queremos é, realmente, no momento, o que melhor nos serve, o mais útil, o imprescindível para a nossa evolução.
Querer sem exorbitar, a fim de submeter-se à divina diretriz, sem queixar.