“Finalmente sede todos de igual sentimento, compassivos, amando os irmãos, entranhavelmente misericordiosos e afáveis.” — PEDRO (1Pe
Que a experiência te conferiu degrau diverso na interpretação da vida, pode não haver qualquer dúvida.
Amadureceste o raciocínio e percebes determinados aspectos da realidade que as circunstantes ainda não conseguem assinalar.
Estudaste, conquistando títulos de que, por enquanto muita gente não dispõe.
Ouviste a ciência e alcançaste visões renovadoras, presentemente defesas a quantos não senhorearam oportunidades iguais às tuas.
Viajaste anotando problemas que muitos dos melhores amigos estão distantes de conhecer.
Sofreste, aprendendo lições, por agora inapreensíveis pelos companheiros acomodados a inocentes enganos da retaguarda.
Trabalhaste e adquiriste habilitações que os próprios familiares gastarão muito tempo para atingir.
Decerto que a tua posição é inconfundível, tanto quanto o lugar do próximo é caracteristicamente individual; entretanto, seja qual seja a condição em que te encontres, podes estender os braços, unindo-te aos semelhantes, através da compreensão e do auxílio mútuo.
O apóstolo não nos diz: “sede todos da mesma altura”, mas sim: “sede todos fraternalmente unidos”. Não nos exige, pois, o Evangelho venhamos a ser censores ou escravos uns dos outros, e, sim, nos exorta a que sejamos irmãos.
Reformador, junho 1962, p. 122.