“A religião pura e imaculada para com Deus, o Pai, é esta: visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações e guardar-se da corrupção do mundo.” — (Tg
Religião, diante das criaturas humanas, pode envolver atitudes diversas:
Polemicar em torno dos atributos de Deus…
Aditar interpretações individuais às revelações sublimes…
Centralizar a mente na exegese…
Consumir a existência em casuísmo…
Reexaminar princípios veneráveis em horas certas…
Atender a ritualismo…
Enriquecer a simbologia…
Adotar posturas convencionais…
Cultivar penitências vazias…
Levantar monumentos de pedra…
Ninguém nega que essas manifestações deixam de ser atestados de religião e religiosidade entre nós outros, as criaturas encarnadas e desencarnadas na Terra; e ninguém recusa o valor relativo que apresentem para determinadas pessoas, em certos estágios da evolução.
Entretanto, o Evangelho nos ensina que a religião pura, diante de Deus, é outra coisa.
Tiago traça a definição correta, afirmando: “A religião pura e imaculada para com Deus, o Pai, é esta: visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações e guardar-se da corrupção do mundo.”
Em suma, a religião irrepreensível da alma, perante a Divina Providência, segundo no-lo confirma a Doutrina Espírita em seus postulados, repousa, acima de tudo, no serviço ao próximo e no caráter ilibado, ou melhor, na caridade incessante e na tranquilidade da consciência.
Reformador, julho 1963, p. 145.