“…Mas se alguém não tem o Espírito do Cristo, esse tal não é dele.” — PAULO (Rm
Todos necessitamos de chamamento ao Evangelho, todos atravessamos o período da fome de informações, acerca de Cristo. E, aderindo às interpretações do ensinamento cristão a que mais nos ajustamos, não raro nos confiamos apaixonadamente às manifestações superficiais de nossa fé.
Partilhamos assembleias seletas ou humildes, nos templos materiais, o que, sem dúvida, nos dignifica o pensamento religioso.
Integramos equipes de propaganda dos pontos de vista que esposamos, o que, realmente, nos evidencia o zelo das atitudes.
Cultivamos discussões acirradas, por demonstrar a validade de nossas opiniões, o que, na essência, nos revela o fervor.
Adotamos hábitos exteriores, às vezes até mesmo em assuntos de alimentação e convenção social, com o decidido propósito de testemunhar, publicamente, a nossa maneira de sentir, o que, no fundo, nos patenteia a sinceridade sempre louvável.
Em muitas circunstâncias, oramos, segundo fórmulas especiais; obrigamo-nos a devoções particulares; formamos círculos de atividades afins, a isolar-nos dentro deles; ou carregamos dísticas que nos especificam a confissão…
Todas as manifestações externas, que lembrem o nome de Jesus e que se reportem, de qualquer modo, às lições de Jesus, são recursos preciosos, constituindo-se em sugestões edificantes para o caminho. Reconheçamos, porém, que a palavra do Evangelho é demasiado clara ao proclamar a necessidade do Cristo em nossa vida, sentimento, ideia, ação e conduta, quando afirma convincente: “Mas se alguém não tem o Espírito do Cristo, esse tal não é dele.”
(Reformador, maio 1964, página 100)