“…Trabalhe, fazendo com as mãos o que é bom, para que tenha que repartir com o que tiver necessidade.” — PAULO (Ef
Acreditas na fraternidade e esperas que ela reine sobre as criaturas sem a imposição de conflitos quaisquer.
Aspiras, como é natural, a viver num mundo sem rixa de classes.
Almejas a luz da nova era em que o homem seja espontaneamente o irmão do homem, liquidando, sem exigência, as dificuldades um do outro.
Dói-te ao coração ver o supérfluo e a penúria, lado a lado, estimulando a loucura do excesso e o martírio da fome.
Queres que a abastança suprima a carência.
Reclamas a melhoria do nível de vida, principalmente para os que choram em privação.
Para que o bem apareça, contudo, não aguardemos que semelhantes luzes venham inicialmente dos outros. Comecemos de nós, sem demandar com alguém ou contra alguém.
O apóstolo Paulo, nesse sentido, nos ofereceu, há quase dois milênios, indicação das mais valiosas.
Cada um, diz ele, “trabalhe, fazendo com as mãos o que seja bom, para que tenha que repartir com o que tiver necessidade.”
Sejamos honestos e reconheçamos com a verdade que se nos consagrarmos ao serviço, produzindo, de nós mesmos, o que seja proveitoso para o bem geral, cada um de nós terá o que dividir a benefício dos outros, sem a mínima ideia de queixa, e sem qualquer motivo à rebelião.
(Reformador, julho 1964, página 149)
No Reformador o texto do foi assim publicado: Contudo, a fim de que o bem apareça, (…).