“… Se alguma virtude há e se algum louvor existe, seja isso o que ocupe o vosso pensamento.” — PAULO (Fp
Trabalhemos vigiando.
Aquilo que nos ocupa o pensamento é a substância de que se nos constituirá a própria vida.
Retiremos, dessa forma, o coração de tudo o que não seja material de edificação do Reino Divino, em nós próprios.
Em verdade, muita sugestão criminosa buscará enevoar-nos a mente, muito lodo da estrada procurar-nos-á as mãos na jornada de cada dia e muito detrito do mundo tentará imobilizar-nos os pés.
É a nuvem da incompreensão conturbando-nos o ambiente doméstico…
É a injúria nascida na palavra inconsciente dos desafetos gratuitos…
É a acusação indébita de permeio com a calúnia destruidora…
É a maledicência convidando-nos à mentira e à leviandade…
É o amigo de ontem que se rende às requisições da treva, passando à condição de censor das nossas qualidades ainda em processo de melhoria…
Entretanto, à frente de todos os percalços, não te prendas às teias da perturbação e da sombra.
Em todas as situações e em todos os assuntos, guardemos a alma nos ângulos em que algo surja digno de louvor, fixando o bem e procurando realizá-lo com todas as energias ao nosso alcance.
Aos mais infelizes, mais amparo. Aos mais doentes, mais socorro.
E, ocupando o nosso pensamento com os valores autênticos da vida, aprenderemos a sorrir para as dificuldades, quaisquer que sejam, construindo gradativamente, em nós mesmos, o templo vivo da luz para a comunhão constante com o nosso Mestre e Senhor.
(Reformador, outubro 1957, página 234)