“Ora, temos da parte dele este mandamento, que aquele que ama a Deus, ame também a seu irmão.” — JOÃO (1Jo
Construirás santuários primorosos no culto ao Senhor da Vida…
Pronunciarás orações sublimes, exaltando-lhe a glória excelsa…
Tecerás com cintilações divinas a palavra comovente e bela com que lhe definirás a grandeza…
Combinarás com mestria os textos da Escritura Divina para provar-lhe a existência…
Exibirás dons mediúnicos dos mais excelentes de modo a falares d’Ele, com eficiência e segurança, às criaturas irmãs…
Escreverás livros admiráveis, comentando-lhe a sabedoria…
Comporás poemas preciosos, tentando ornamentar-lhe a magnificência…
Clamarás por Ele, em súplicas ardentes, revelando confiança e fidelidade…
Adorá-lo-ás com a tua prece, com a tua arte, com o teu carinho e com a tua inteligência…
Contudo, se não amas a teu irmão, por amor a Ele, Pai Amoroso e Justo, de que te vale o culto filial, estéril e egoísta?
Um simples pai de família, no campo da Humanidade imperfeita, alegra-se e dilata-se nos filhos que, em lhe compreendendo a dedicação, se empenham no engrandecimento da própria casa, através do amparo constante aos irmãos menos felizes.
Incontestavelmente, a lealdade de tua fé representa o perfume de alegria nas tuas relações com o Eterno Senhor, mas não olvides que o teu incessante serviço, na plantação e extensão do bem, é a única maneira pela qual podes realmente servi-lo.
Seja qual for a igreja em que externas a tua reverência à Majestade Divina, guarda, pois, a oração por lâmpada acesa em tua luta de cada dia, mas não te esqueças de que somente amparando os nossos irmãos inexperientes e frágeis, caídos e desditosos, é que, de fato, honraremos a Bênção de Nosso Pai.
Reformador, novembro 1957, p. 258.