“Toda a amargura, cólera, ira, gritaria e blasfêmia sejam retiradas dentre vós, bem como toda a malícia.” — PAULO (Ef
Na própria senda comum, surpreendemos a lição do equilíbrio que exclui todo assalto da violência e qualquer devoção à imundície.
Nas cidades litorâneas, diques reprimem o mar furioso prevenindo calamidades e arrasamentos.
Nos grandes edifícios modernos, para-raios seguros coíbem o impacto fulminatório das faíscas elétricas.
Desde tempos longevos, esgotos sólidos extraem detritos do pouso humano.
Cada templo doméstico possui sistemas habituais de limpeza.
Entretanto, no campo do espírito, o homem desavisado acalenta nas fibras do próprio ser o lodo da maledicência e o lixo da mágoa, libertando os raios da blasfêmia e a onda letal da ira, ferindo os outros e atormentando a si mesmo…
Quantas enfermidades nascem dos pântanos da amargura e quantos crimes se configuram no extravasamento da cólera! Impossível enumerá-los…
Se a mensagem do Evangelho te anuncia as Boas Novas da Redenção, foge, assim, ao domínio da viciação e da crueldade.
A frente da irritação e do desalento, da agressividade e da injúria, oferece o dom inefável de tua paz, falando para o bem ou silenciando na grande compreensão, porque em ti, que guardas o nome do Cristo empenhado na própria vida, o Reino do Amor deve começar.
(Reformador, agosto 1959, página 170)