“… A caridade não é invejosa…” — PAULO (1co
Muitos companheiros asseveram a disposição de ajudar, em nome da caridade; entretanto, para isso, exigem os recursos que pertencem aos outros.
Querem amparar os necessitados…
Mas dizem aguardar vencimento igual ao do colega que lhes tomou a frente na organização de trabalho.
Declaram-se inclinados ao socorro de meninos desprotegidos…
Alegam, todavia, que apenas assumirão a iniciativa quando possuírem casa semelhante à do amigo mais próspero.
Afirmam-se desejosos de colaborar na construção da fé, amando e esclarecendo a quem sofre…
Interpõem, no entanto, a condição de desfrutarem a autoridade dos irmãos que se encarregam dessa ou daquela instituição, antes deles.
Expõem a intenção de escrever, na difusão da luz espiritual…
Contudo, somente entrarão em atividade quando dispuserem da competência de quantos já despenderam larga parte da vida, na estruturação da palavra escrita.
Se aspiras a servir ao bem, não te detenhas na cobiça expectante, a pedir que a possibilidade dos outros te passe às mãos.
A caridade não é invejosa.
Façamos a nossa parte.
(Reformador, abril 1961, página 76)