“Portanto, aquele que sabe que deve fazer o bem e não o faz, nisso está pecando.” — (Tg
Censuras com grande alarde os que se oneraram, nos delitos do furto; entretanto, se acumulas, inutilmente, os recursos necessários ao sustento do próximo, não podes alegar inocência.
Acusas os que desceram à criminalidade, mas, se nada realizas pela extinção da delinquência, não te cabe o direito de reprovar.
Apontas o egoísmo dos governantes; no entanto, se te afervoras no egoísmo dos dirigidos, deitas apenas conversa vã.
Criticas todos aqueles que instruem os seus irmãos de maneira deficiente; contudo, se dispões de competência e foges ao plantio da educação, não estarás tranquilo contigo mesmo.
Clamas contra aqueles companheiros que categorizas por rebeldes e viciados, quando lhes anotas a presença no trabalho de socorro aos semelhantes; todavia, se te sentes virtuoso e não levantas sequer uma palha em favor dos que sofrem, as sentenças que te saem da boca não passarão de injustiça.
Entra no serviço de alma e coração, para que possas comentá-lo.
Ninguém pode exigir dos outros o que não dá de si mesmo.
Quem sabe o que deve fazer, e não faz, deserta dos deveres que lhe competem, caindo em omissão lamentável, e, se intenta atrapalhar quem procura fazer, certamente responderá com dobradas obrigações pelo que não fizer.