Palavras de Vida Eterna

Capítulo LXXIV

Nossa cruz

“Se alguém quiser vir após mim, negue– se a si mesmo, tome a sua cruz e siga– me” – JESUS (MARCOS 8:34)

“Se alguém quiser vir após mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me.” — JESUS (Mc 8:34)


Ninguém se queixe inutilmente.

A dor é processo. A perfeição é fim.

Assim sendo, caminheiros da evolução ou da redenção têm, cada qual, a sua cruz.

Esse almeja, aquele deve.

E para realizar ou ressarcir, a vida pede preço.

Ninguém conquista algo, sem esforçar-se de algum modo; e ninguém resgata esse ou aquele débito, sem sofrimento.

Enquanto a criatura não adquire consciência da própria responsabilidade, movimenta-se no mundo à feição de semi-racional, amontoando problemas sobre a própria cabeça.

Entretanto, acordando para a necessidade da paz consigo mesma, descobre de imediato a cruz que lhe cabe ao próprio burilamento.

Encarnados e desencarnados, jungidos à Terra, vinculam-se todos ao mesmo impositivo de progresso e resgate.

No Círculo carnal, a cruz é a dificuldade orgânica, o degrau social, o parente infeliz…

No Plano espiritual, é a vergonha do defeito íntimo não vencido, a expiação da culpa, o débito não pago…

Tenhamos, pois, a coragem precisa de seguir o Senhor em nosso anseio de ressurreição e vitória. Para isso, porém, não nos esqueçamos de que será preciso olvidar o egoísmo enquistante e tomar nossa cruz.




(Reformador, maio 1960, p. 98)