O desvario, que toma conta da cultura contemporânea, em forma de atentados contínuos à ética dos bons costumes, responde por inúmeros dramas existenciais que afligem o ser humano.
A liberdade, que tem sido anelada ao largo do tempo com sofreguidão, e que foi conseguida com o tributo de muitos sacrifícios, converte-se em libertinagem insensata para a qual não dispõe de recursos psicológicos a maioria das criaturas.
As contínuas buscas do prazer até a exaustão dos sentidos vêm reduzindo os parâmetros do bem viver a comportamentos, alienantes, para viver-se bem no poder que gera prazer e no gozo que embriaga.
Em consequência, surgem as uniões afetivas que se desfazem com facilidade, sem qualquer respeito pelos sentimentos de um indivíduo em relação ao outro, produzindo dilacerações morais, às vezes, irreversíveis; a desconsideração para com os deveres de qualquer ordem, que se apresentam como cargas insuportáveis, produzindo ânsias pelo repouso improdutivo, pela ociosidade dourada, pela contínua hora vazia, que se preenche com as utopias; a fuga espetacular para os esportes radicais, para o culto do corpo mediante musculação, correções cirúrgicas e aplicação de silicone, massagens e dietas exageradas, que culminam em transtornos psicológicos; a luta pela preservação da juventude e da beleza, do atletismo e do brilho rápido sob as luzes enganosas da fama; as facilidades para a aquisição de inutilidades, escravizando-se a compromissos impensados que depois aturdem; a mentirosa filosofia do tudo pode ser feito sem problemas, ensandecendo; a loucura para situar-se acima do bem e do mal, permitindo-se violar os códigos da dignidade que esvazia o mundo interior, tornando-o povoado de sombras; a liberalidade do sexo, das drogas e dos estimulantes domina as mentes e os sentimentos, arrebanhando multidões alucinadas, que são precipitadas em verdadeiros abismos...
Os resultados que advêm dessas condutas são tormentosos, os seus frutos são ácidos uns e amargos outros.
O desespero, a frustração, os tormentos existenciais tornam-se superiores às resistências morais daqueles que os experimentam.
A psicosfera no planeta, em face dos comportamentos agressivos e permissivos, torna-se mórbida e venenosa, enquanto os ideais que abrasam os sentimentos, sem as demarcações do nobre e do digno, confundem aqueles mesmos que aspiram a eles, por lhes perderem a identificação.
A Mídia arrebanha os incautos, que se lhe submetem aos padrões de desordens, de crimes, de sensualidade, tornando insensíveis as pessoas que se vítimam, graças às altas cargas das tragédias que são consumidas.
A caravana dos atormentados é sempre crescente e os seus membros transitam de um para outro lugar nenhum, deixando-se devorar pelas ilusões do corpo transitório, sem qualquer compromisso com a realidade espiritual.
Afinal, a cultura desvairada destes dias, embora adaptando-se às notícias e às doutrinas espiritualistas, permanece fixada no imediato e falível, no corpo e nas suas construções transitórias em verdadeiro comportamento materialista...
Vem-se vaticinando a chegada do fim do mundo, mediante as tragédias coletivas, as calamidades sísmicas, o moderno terrorismo político, religioso, racial, em guerras cruéis de extermínio coletivo, mas não foram anotados os dramas existenciais que ora devoram milhões de vidas.
Ei-los, pois, no momento, vencendo multidões inermes, que se deixaram abater pelas ilusões e despertaram para realidades que não estavam em pauta consciente, gerando conflitos pessoais, adicionados aos volumosos fatores de destruição.
O egoísmo exacerbado intoxica o indivíduo que não se vincula realmente a outrem, elegendo sempre os seus interesses como primordiais, com quase total indiferença pelo próximo, até mesmo pelos ideais de engrandecimento da humanidade...
A moderna criatura humana encontra-se sitiada pela amargura, pela exaustão, pelos sofrimentos, e quando pensa em buscar uma doutrina religiosa, conduz a fantasia de encontrar soluções miraculosas, sem a contribuição do esforço pessoal, único aliás para modificar as estruturas das ocorrências danosas que padece.
A infância e a juventude, que se movimentam nesse caldo de desespero cultural, também são arrebatadas pela voragem das aflições, entregando-se à drogadição, ao sexo sem sentido, à rebeldia, ao desrespeito pelo lar, pela família, pela sociedade que não souberam protegê-las e orientá-las, educando-as mediante exemplos enobrecedores, assim sucumbindo em depressões lamentáveis ou suicídios hediondos...
Existe, no entanto, solução para a hecatombe que toma conta do planeta sob a indiferença individual e coletiva das criaturas humanas.
A sociedade, sempre vem recebendo orientação espiritual a respeito dos melhores procedimentos em favor da paz e da felicidade.
Encarnam-se e reencarnam-se periodicamente missionários do amor e da sabedoria, orientando e convocando vidas para a integração no espírito da Verdade.
Especialmente Jesus, tem-nos constituído o modelo ideal e o guia seguro para conduzir-nos pelos ásperos caminhos da evolução.
Em a narração do Evangelho segundo São Marcos, no capítulo 13, encontram-se referidos os acontecimentos que ora se manifestam no mundo, culminando com a afirmativa do versículo 33, quando esclarece: Olhai! Vigiai! Porque não sabeis quando chegará o tempo (Mc
Sem qualquer dúvida, este é o tempo anunciado, evocando à reflexão.
Acautela-te do arrastão que varre o planeta.
Cuida de discernir aquilo que deves em relação ao e não te compete vincular.
Recorda a transitoriedade do corpo somático e a complexidade da abençoada máquina orgânica, resguardando-te em paz.
Obtempera com cuidado antes da tomada de decisões [a mentira e pelos encantos da fantasia, armazenando equilíbrio e dever em relação à vida.
O mundo não se encontra, porém, à matroca.
A grande transformação vem-se operando conforme planos sábios.
Não invistas na estratégia do viver apenas por agora, porque continuarás vivendo, queiras ou não o queiras, após cessado este momento.
Reflexiona antes de agires, atendendo aos impositivos da evolução.
Estás na Terra para a realização de tarefas próprias, e não podes relegar a plano secundário ou ignorá-las.
Desperta do letargo e age no bem, libertando-te canga da futilidade e da insensatez, agindo com prudência.
É tempo ainda de imprimires rumo novo à existência.
Não passarás incólume pela tempestade, pois que o existem privilégios.
Tem tento!
Iluminando-te interiormente com a chama da fé, vencerás a grande noite.
Semeia hoje misericórdia e compaixão, a fim de poderes colher no futuro afeição e paz.
Se estás, porém, sob os camartelos de algum drama existencial, ora e age no bem, reservando ao futuro alegria e realização superior.
Só o amor, conforme o lecionou Jesus, pode diluir os dramas existenciais do momento, facultando-te esperança de felicidade.