A avareza é o fruto espúrio do egoísmo que conduz à alucinação, à desdita.
O avaro é alma em tormento que dilapida os dons da vida, tornando-se fardo pesado e pernicioso na economia da sociedade.
A loucura de armazenar conduz à demência, desequilibrando a balança de valores do mundo e desarticulando a harmonia que deve viger nos quadros emocionais da comunidade humana.
Enquanto o egoísmo trabalha para a própria manutenção, esquecendo-se da solidariedade, que é filha da lei de amor, o homem se amesquinha perante si mesmo e o seu próximo.
Inseguro e instável, estabelece parâmetros de confiança nos valores que passam de mãos, deixando de investir nos tesouros eternos que permanecem após a consumação física.
Como consequência, o avaro é triste e desafortunado.
O que possui, domina-o, e o que tem, escraviza-o.
Graças à avareza de alguns homens a escassez domina o lar de milhões de vidas que fenecem à mingua de pão e de esperança.
Resguarda-te da avareza, aprendendo a repartir.
Quem divide o que tem, multiplica os tesouros da vida.
Exercita a generosidade, abrindo as mãos na ciência de dar e terminarás descerrando o coração para a ditosa arte de amar.
Se não podes dar um grande valor, brinda uma parcela de alegria.
Se não dispões de moedas para oferecer, apresenta um gesto amigo de simpatia.
A catedral se ergue pedra a pedra e o oceano resulta de moléculas que se misturam emfavor da massa imensa.
Começa com os pequenos gestos de gentileza e acostumar-teás, até poderes oferecer a própria vida quando necessário.
A pretexto algum jamais te escuses à solidariedade, porquanto, a avareza começa nas pequenas negativas para repartir e termina na loucura onzenária da posse infeliz.
Jesus, o Supremo Benfeitor, repartiu do Seu coração magnânimo a palavra, o pão, o peixe, o vinho e o amor até o momento em que se deu, Ele mesmo, em holocausto, para ensinar-nos que, realmente, só possuímos aquilo que damos.
Avareza, nunca!