Em tuas tarefas de auxílio fraterno não relegues a plano inferior as dificuldades que te furtam a paciência e a alegria.
A caridade é uma escada de luz, o próximo é o degrau evolutivo que faculta a ascensão e o auxílio fraternal é ensejo iluminativo.
Quem se empenha na escalada de um monte não se detém a arrolar obstáculos, demorando-se na enumeração dos empecilhos. O objetivo essencial é o topo onde a visão adquire largueza, ampliando a linha do horizonte que se doira ao longe, compensando em beleza a urze das baixadas.
Alça-te, pois, aos cimos superiores da vida, trabalhando infatigavelmente no auxílio aos semelhantes.
Esquece sombras e queixas.
Despreza "amor-próprio" e "pontos de vista".
Renuncia aos lamentos e reclamações.
Cada ocasião de luta é expressão de serviço.
Dificuldade que surge, significa experiência que se prenuncia.
Sem a indispensável fixação do esforço pessoal nas expressões de trabalho, as tarefas podem converter-se em espinheiros disfarçados de roseiras perfumadas, em que se dilaceram as fibras do coração em colheita de acúleos.
O bem real pertence sempre ao nosso Pai Celeste.
Em nome d’Ele, servidores zelosos de Altas Esferas empenham-se na preparação da obra nobilitante e eficiente do bem de todos.
Não te consideres sozinho.
Não te acuses sem a necessária sensibilidade para os sentir.
Nem digas: — "Nada percebo"!
Beneficias-te com os raios ultravioletas e infravermelhos da luz solar, na mensagem do quotidiano, sem alarde nem altas percepções. No entanto, sem eles, a vida te seria impossível.
Fica seguro de que, nesse sentido, estamos todos, encarnados e desencarnados, comprometidos com a Divina Lei para transformar as flores passageiras da ilusão em roseirais eternos, despidos de espinhos, num jardim de delícias ao alcance das nossas almas tangidas pela felicidade...
NOTA — Tema para estudo: L. E. — Parte 3a — Cap. IX — Desigualdades sociais.
Leitura complementar: E. — Cap. XVI — Emprego da riqueza. — Itens 11/13.