14. Tendo entrado Jesus na casa de Pedro, viu que a sogra deste estava de cama e com febre;
15. e tocando-lhe a mão, a febre a deixou; então ela se levantou e os servia.
29. Em seguida, tendo saído da sinagoga, foram com Tiago e João à casa de Simão e André.
30. A sogra de Simão estava de cama com febre, e logo lhe falaram a respeito dela.
31. Então, aproximando-se da enferma, e tomando-a pela mão, levantou-a; a febre a deixou e ela começou a servilos.
38. Tendo-se levantado e saído da sinagoga, entrou na casa de Simão. E a sogra deste estava deprimida por violenta febre; e pediram-lhe a favor dela.
39. Ele, inclinando-se para ela, repreendeu a febre e esta a deixou; e logo se levantou e os servia.
Ao terminar o culto na sinagoga, dirige-se Jesus à casa de Pedro e de André (o que confirma a presença dos dois que, naturalmente, saíram junto com Jesus); nessa casa, segundo a tradição, achava-se Jesus hospedado durante sua vida pública. Embora natural de Betsaida (JO
Regressando a casa, encontraram a sogra de Pedro (cujo nome ignoramos) atacada de febre. Comuns eram essas febres na Palestina, mormente nos locais vizinhos a lagos, onde grassava o impaludismo provocado pelos mosquitos muito numerosos, sem que se pusessem em prática regras de higiene. Lucas diz-nos tratar-se de "violento acesso de febre". Mateus assinala que Jesus "viu"; Marcos que "lhe falaram" a respeito dela, como que desculpando-se de lhe não poder ser dada assistência; Lucas esclarece que "pediram" a favor dela.
Jesus inclina-se sobre a doente, toca-a com a mão e a levanta. A febre desaparece instantaneamente, e bem assim a fraqueza superveniente a esses acessos de impaludismo. A enferma sente-se bem forte para servir a todos com solicitude.
Nada se fala da esposa de Pedro: é a sogra que parece governar a casa.
Pensam alguns que a criatura que atingiu a vida permanente na individualidade não deve mais atender ao círculo familiar, mas apenas aos estranhos. Jesus ensina-nos que isso constitui um erro. Os familiares merecem tanto nossa atenção quanto os estranhos, porque nos são mais achegados; e essa aproximação mostra-nos que eles precisam de nós ainda mais que os outros. Portanto, os parentes não devem ser menosprezados, mas atendidos com solicitude. Se bem que devamos ter desapego da família, jamais devemos abandoná-la. O mesmo comportamento deve ser mantido com os familiares de amigos e condiscípulos.