A demora do Mestre com Seus discípulos, em Efraim, não foi longa, pois estava próxima a festa da páscoa, a terceira narrada por João (cfr. 2:13
A purificação no templo, antes da Páscoa, era rito legal (NM
E nesse burburinho de gente de todas as partes, uma preocupação sobressaía a tudo: viria Jesus? Sempre aparecia em Jerusalém esse profeta, de porte régio, majestoso em sua simplicidade. Mas desta vez, a nota dominante era a exigência do Sinédrio: sua cabeça estava "a prêmio"; quem O visse, era obrigado a denunciá-Lo.
A denúncia hoje é extemporânea. Mas a curiosidade em torno dos grandes vultos é sempre a mesma.
Todos querem saber se aqueles que se tornam alvo de admiração e estima, agirão desta ou daquela maneira. Nem sempre é por procurar imitá-los, mas pelo menos para ter assunto para comentários.
Outra categoria de pessoas, os espíritos que já compreenderam e iniciaram a caminhada, também estão sempre inquietos, para saber se o "Mestre" virá ou não.
Páscoa ou "passagem" simboliza uma transição que pode assumir grande importância para o discípulo.
Contará com a presença sensível daquele que, por ser o Mestre, se responsabilizou por sua orientação?
Não só os que desejam "matá-lo", mas os próprios discípulos, se pudessem, prenderiam o Mestre a si monopolizando-o para uso próprio, para convivência privativa.
Virá o Mestre? Quando virá? Como aparecerá? Quanto tempo se demorará conosco? A expectativa gera ansiedade, e esta perturba profundamente a percepção da chegada do Mestre que, talvez, já esteja presente, ajudando apenas a pacificação silenciosa interior, para fazer finalmente ouvir Sua voz.