Os estudos dos símbolos que enxameiam o Novo e o Antigo Testamentos são "chaves" preciosas da Sabedoria universal, e a Doutrina dos Espíritos, na atualidade do Mundo, faculta a seus adeptos e simpatizantes os mais refinados instrumentos que lhes permitem adentrar os meandros mais desafiadores desses códigos da Vida Espiritual.
Tudo o que é organizado pelo poder do espírito e é conhecido por matéria, seja a intimidade atômica, sejam as expressões estelares do Cosmos, são, com duração maior ou menor e com expressões mais densas ou sutis, formas didáticas e experimentais dos seres, filhos do Criador, em expansão de potencialidades, de modo que existem mas não se eternizam, tendo apenas a função do "laço que prende o espírito" (O Livro dos Espíritos, questão 22), ou seja, se mantêm enquanto dessas expressões materiais os seres delas necessitem para a consolidação de seus aprendizados e pela revelação ostensiva de seus poderes herdados do Pai e Criador. As sagas evolutivas já executadas no planeta Terra estão registradas na História que se passa de geração a geração e através dos mitos que enfeixam a sabedoria filosófica e o conteúdo moral de diversas civilizações pretéritas. Quando nos reportamos ao gigantesco trabalho que coube a Moisés, sintetizando os labores morais entre os povos antigos para recebimento da síntese que se registra em os "Dez Mandamentos", observamos que essa manifestação "exotérica" da Verdade, então franqueada a todos, tem sua expressão na assertiva de Jesus a Nicodemos: "E, como Moisés levantou a serpente no deserto, assim importa que o Filho do Homem seja levantado" (JO
Na análise da "serpente", encontramos diversos textos entre o Novo e o Antigo Testamentos que a definem como o "interesse pessoal", filho do egoísmo: "Ora, a serpente era mais astuta que todas as alimárias do campo que o Senhor Deus tinha feito. E esta disse à mulher: É assim que Deus disse: Não comereis de toda a árvore do jardim?" (Gênesis
Quando o Cristo assinala que, "como Moisés levantou a serpente no deserto, assim importa que o Filho do Homem seja levantado; para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna"(JO
Quando o Amor, vivido por Jesus entre nós, se tornar a expressão de nossa verdade íntima, o "Filho do Homem" será levantado, como síntese de todos os nossos labores evolutivos, facultando-nos a vida eterna, a vida sem as "quebras" morais, que promovem sofrimento e desolação: "Nisto é glorificado meu Pai, que deis muito fruto; e assim sereis meus discípulos. Como o Pai me amou, também eu vos amei a vós; permanecei no meu amor. Se guardardes os meus mandamentos, permanecereis no meu amor; do mesmo modo que eu tenho guardado os mandamentos de meu Pai, e permaneço no seu amor" (JO