Ante todos os problemas humanos, a exigirem providências para a harmonização dos processos a que as almas se submetem, o Cristo, em sua mensagem, vibrará sempre por solução efetiva, na feição do Amor que a tudo equaciona e cura.
As enfermidades são clamores das almas, geralmente na inversão de valores ou na insipiência da mente que elege a ilusão por caminho mais fácil ou de imediata satisfação: "E, Jesus, saindo, viu uma grande multidão, e possuído de íntima compaixão para com ela, curou os seus enfermos" (MT
As curas operadas por Jesus nas diversas circunstâncias das anotações de seus discípulos em O Novo Testamento são, em essência, as operações do Amor, que, como Luz Imperecível, sublima, santifica, eterniza aquilo que, em nós, ainda é apenas esboço, busca, plano, anseio... No episódio em que Jesus visita a casa de Pedro e encontra sua sogra (ancestralidade geradora de sua mulher, sua "adjutora" - LC
A "febre", como alarme e proteção no organismo humano, com muito acerto é utilizada em linguagem metafórica para dizer dos estados psíquicos alterados, e, nesse sentido, dizemos "febre do dinheiro", "febre do sexo", "febre do poder" etc. Na casa de Simão, sua sogra (a que gerou sua mulher - expressão do sentimento que lhe era a "adjutora" - Gênesis
Atuando sobre ela, Jesus "repreende" a febre, que a deixa, e ela passa a "servi-los". Todo e qualquer problema que nos aflige e nos atormenta, se recebe a ponderação e a luz do que contém a mensagem do Cristo, libertadora por excelência, passa ao estado da harmonia, porque o colocamos na plano da relatividade, ou seja, onde as propostas das experiências corriqueiras do Mundo devem estar, por serem "meios", condições, e não a finalidade, o fim de nossa vida: "Todos os sofrimentos: misérias, decepções, dores físicas, perda de seres amados, encontram consolação em a fé no futuro, em a confiança na justiça de Deus, que o Cristo veio ensinar aos homens" (O Evangelho segundo o Espiritismo, capítulo 6, item 2).
Assim que nos cientificamos dos propósitos divinos acerca de nossa jornada evolutiva, cujo determinismo é a perfeição, somos capazes de relativizar os acontecimentos transitórios e não mais entronizá-los por "senhores" de nosso destino, daí não mais suicídios ou homicídios, não mais guerras e ambições funestas, porque o "senso moral" nos dota de sabedoria e amor, conforme a exemplificação de Jesus.
Note-se que as "curas" operadas pelo Mestre se dão, conforme registrado em LC
Jesus chega para o coroamento da obra, para o aperfeiçoamento, por isso Ele não julga, mas salva o que, aparentemente, estava perdido.
Somente os experimentados possuem "enfermidades", "doenças", que são vícios, desvios de conduta a serem regenerados, sublimados: "Porque, quando os gentios, que não têm lei, fazem naturalmente as coisas que são da lei, não tendo eles lei, para si mesmos são lei"(Romanos