A supremacia da missão de Jesus não se atesta pela adoração exterior, pela reverência comum, em aspectos louvaminheiros e geralmente convenientes, porque mecanismo de troca, de negociação, de simonia.
Essa supremacia é efeito de autoridade moral, de testemunho vivo, irretocável, fazendo nascer no Mundo a consciência espiritual por excelência, como instauração do "Reino" nos corações que, até então, se consumiam exclusivamente na "carne": "Porque a carne cobiça contra o Espírito, e o Espírito contra a carne; e estes opõem-se um ao outro, para que não façais o que quereis" (Gálatas
O processo de despertamento consciencial passa por diversas instâncias de depuração, o que constitui as bases da projeção espiritual bastante conhecidas em nosso planeta Terra - primitividade, expiação e prova e regeneração –, ou, se quisermos, em aspecto de interpretação moral, poderemos lançar mão da síntese proposta por Allan Kardec em seus estudos: "arrependimento, expiação e reparação" (O Céu e o Inferno, parte primeira, capítulo 7, item 16). Tudo em a Natureza nos ensina isso: o chão é base que contém os elementos essenciais à vida, o qual torna-se devidamente irrigado, esse chão, pelas potências cósmicas (céu, sol, lua etc.) . Nele sobrevivem plantas, animais e o próprio homem, numa cadência crescente de possibilidades, mas todos eles contêm, em sínteses diversas, o que guarda o "pó" da terra. Ou seja, as cadeias crescentes se revelam à inteligência humana e devem ser respeitadas por serem todas elas, sem exceção, a manifestação do poder criador do Pai. São Leis Divinas! ("Porque assim diz o Senhor que tem criado os céus, o Deus que formou a terra, e a fez; ele a confirmou, não a criou vazia, mas a formou para que fosse habitada: Eu sou o Senhor e não há outro" - IS
Desse modo, quando surge para a Terra o "Decálogo", pelas mãos de Moisés, desponta a poderosa síntese que "chamará a si" todos os esforços evolutivos que, à época, se dão quase que exclusivamente em louvor da "carne": "E disse-lhes: São estas as palavras que vos disse estando ainda convosco: Que convinha que se cumprisse tudo o que de mim estava escrito na lei de Moisés, e nos profetas e nos Salmos" (LC
Entendemos que o mundo terrestre, após as operações de miscigenação elementar entre os autóctones (os nativos da Terra) e os degredados de Capela (caídos moralmente), então se ordena em faixas diversas de evolução, consagrada pela Arca de Noé (redenção de Caim, ou seja, pacificação do grupo mais rebelde vindo de Capela). A partir daí, de modo globalizado, teríamos o surgimento das "colônias", com seus propósitos evolutivos mais acentuados, a laborarem a dinâmica espiritual da Humanidade. E, se os Espíritos mais maleáveis e mais simples foram capazes de aderir à proposta da Arca, em que o grande patriarca (referência moral, instrumento de Deus) se tornou um catalizador espiritual, outro grupo, mais empedernido e revoltado, num processo de inconformação e resistência, refugiou-se nas "entranhas" da Terra, fugindo ao "dilúvio" de forças renovadoras, impositivas (aferição, em aspecto físico e geológico, mas também moral), criando, com isso, o "reino do mal" - fulcro vibratório de negação ao Divino, espécie de âncora energética que se consagraria por "diabo", "satanás" ou "dragões", com o seu papel de "instrumento de escândalo": "Quem comete o pecado é do diabo; porque o diabo peca desde o princípio.
Para isto o Filho de Deus se manifestou: para desfazer as obras do diabo. Qualquer que é nascido de Deus não comete pecado; porque a sua semente permanece nele; e não pode pecar, porque é nascido de Deus. Nisto são manifestos os filhos de Deus, e os filhos do diabo.
Qualquer que não pratica a justiça, e não ama a seu irmão, não é de Deus" (I JO