Quando observamos a saga de Adão e Eva no recém-criado Jardim, conforme narração do livro Gênesis, de Moisés, deparamo-nos com uma realidade vivida por incontáveis almas vinculadas ao globo terreno, experimentando as inquietações próprias de quem armazenou vivências e ainda se vê atraído pelos apelos de retaguarda, as concupiscências, sofrendo as provas aferidoras de seu conhecimento e ainda perigando cair nas valas das expiações: "E viu a mulher que aquela árvore era boa para se comer, e agradável aos olhos, e árvore desejável para dar entendimento; tomou do seu fruto, e comeu, e deu também a seu marido, e ele comeu com ela. Então foram abertos os olhos de ambos, e conheceram que estavam nus; e coseram folhas de figueira, e fizeram para si aventais" (Gênesis
A par das inúmeras interpretações que brotam desse episódio simbólico da Bíblia, a retratar nossas lutas entre o passado que tem força de Lei em nosso psiquismo, induzindo-nos a uma rotina perigosa, porque fechada no interesse pessoal, e o futuro que chega através das orientações superiores, geralmente nas revelações morais, relacionadas ao conteúdo do Evangelho e estribadas, para efeito de ressonância, na sensibilidade já desenvolvida por nós, que funciona como claustro gerador de novos caracteres em nosso íntimo, descobrimos o significado essencial do termo "expansão", citado no primeiro capítulo do Gênesis, abordando o mecanismo da Criação Divina: "E disse Deus: Haja uma expansão no meio das águas, e haja separação entre águas e águas" (Gênesis
Tendo por piso semelhantes percepções, poderemos depreender que os "falsos profetas" (MT
Esse contexto terreno de formação moral, revelando o "bem" e o "mal", ou o "melhor" e o "menos bom", como "céu e terra", como "dia e noite", como "luz e treva", se define bem quando Jesus, em seu formoso Sermão, refere-se a "guerras e rumores de guerras", ao levante de "nação contra nação", de "reino contra reino", tendo por resultante "fomes, pestes e terremotos"... (MT
A falsidade ideológica, estribada nos julgamentos precipitados, nas ações tendenciosas e em busca da entronização do "eu" (orgulho), lança a criatura aos abismos de si mesma (inferno), enquanto suas escolhas infelizes "provam e expiam" os que estão em torno: "Ai do mundo, por causa dos escândalos; porque é mister que venham escândalos, mas ai daquele homem por quem o escândalo vem!" (MT