O Evangelho por Dentro

CAPÍTULO 39

RESSURREIÇÃO E VIDA



MT 22:32


EU SOU O DEUS DE ABRAÃO, O DEUS DE ISAAC E O DEUS DE JACÓ? ELE NÃO É DEUS DE MORTOS, MAS DE VIVOS.

EU SOU O DEUS DE ABRAÃO, O DEUS DE ISAAC E O DEUS DE JACÓ? - O caminho que constitui a vida iluminada e imortal, por dentro de cada criatura, atravessa incontáveis situações existenciais - seja numa mesma encarnação, seja pela somatória experimental de muitas existências corporais. A sapiência é a conquista suada e sofrida da Verdade que triunfa de todos os processos humanos e de todas as condições a que se submete o Espírito em sua escalada evolucional (O Livro dos Espíritos, questões 170, 177:177a; Hb 10:5) .

Compreendendo isso, destaca-se a lembrança de Jesus que, ao responder acerca da ressurreição dos mortos (Mt 22:28), remonta aos fundamentos da Lei revelada aos Profetas, reafirmando, através dos exemplos figurados em Abraão, em isaac e em Jacó - trabalhadores fiéis do senhor –, que a obra executada, segundo a Lei Divina, eterniza o instrumento que a essa obra se dedicou, sem desvios ou indiferença (Dn 12:2-3; Jo 5:39; Jo 6:54; Rm 2:6-7; 1Jo 5:11; Caminho, Verdade e Vida, Capítulo 157).

ELE NÃO É DEUS DE MORTOS, MAS DE VIVOS. - Este episódio se reveste de profundo sentido revelador, pois o Mestre nos esclarece acerca do supremo atributo de Deus: a Vida! A morte física é movimento rotineiro dos processos educacionais do Espírito, que usa 118 a matéria para alcançar o aperfeiçoamento de seus potenciais ainda não revelados, e isso noticia a instabilidade do reino material, que se organiza e se desordena por efeito da ação inteligente do ser imaterial e eterno sobre o Fluido Cósmico que dá origem à matéria (O Livro dos Espíritos, questões 22a, 25, 25a e 27; Evolução em Dois Mundos, parte primeira, Capítulo 1, subtítulos PLASMA DIVINO, FORÇAS ATÔMICAS e CO-CRIAÇÃO EM PLANO MENOR).

Partindo do princípio de que Deus possui atributos supremos (O Livro dos Espíritos, questão
13) e resume, em si, de modo absoluto, a sabedoria e o amor (Jo 1:18-1Jo 4:16), o mal é criação do homem que, em ignorância ou leviandade, destoa da harmonia que o Criador estampou em toda a Criação infinita (O Consolador, questão 135; A Gênese, Capítulo 3, item 8).

Desse modo, a MORTE, no sentido MORAL, é invariavelmente a consequência dos desatinos e da insensatez dos seres humanos, arrojando-se aos abismos da culpa e do remorso, dos quais somente triunfam quando se arrependem, CAINDO EM SI e se dispondo a expiar, a corrigir o malfeito (O Céu e o Inferno, parte segunda, Capítulo 4, subtítulo PRÍNCIPE OURAN e parte segunda, Capítulo 7, subtítulo A RAINHA DE OUDE; Tg 1:13-15).