Não temos pela frente tão só as nossas dificuldades, mas igualmente as dificuldades das pessoas queridas, pelas quais, muitas vezes, sofremos muito mais que por nós próprios.
Forçoso, porém, anotar que, em nos interessando pelo apoio aos entes queridos, nunca estamos a sós, porquanto Deus, que no-los emprestou ao convívio, permanece velando sem olvidá-los.
Nos dias de cinza e sombra da provação, doemos aos entes amados o melhor de nossa ternura, mas evitemos insuflar-lhes pessimismo ou desconfiança, ansiedade ou inquietação.
Se nos pedem conselhos, não descambemos para sugestões pessoais, e sim, ajudemo-los a buscar a Inspiração Divina, através da prece, porque Deus lhes conhece as necessidades e lhes traçará seguro roteiro ao comportamento.
Se doentes, mais que justo lhes ministremos assistência e carinho; todavia, empenhemo-nos em guiar-lhes o pensamento para o otimismo, convencidos de que Deus lhes resguarda a existência em cada batimento do coração.
Se empreendem mudanças em seu próprio caminho, abstenhamo-nos de interferir nas decisões que assumam, e sim, em vez disso, diligenciemos abençoar-lhes os planos de renovação e melhoria, compreendendo que a Divina Providência vigia sobre nós, orientando-nos os passos.
Se resvalam em duras provas, trabalhemos por aliviá-los e libertá-los, que isso é dever nosso, mas sem torturá-los com a nossa inconformidade e aflição, na certeza de que Deus não está ausente do quinhão de lutas regenerativas ou edificantes que nos cabem a todos, em certas faixas de tempo.
Auxiliemos nossos entes queridos a serem autênticos, como são e como devem ser perante a vida.
Indiscutivelmente, tanto quanto irrompem problemas em nossa estrada, inúmeros outros problemas aparecem no campo de ação daqueles que mais amamos; no entanto, a fim de ampará-los com eficiência e segurança, atuemos em favor deles, em bases de equilíbrio e de amor, reconhecendo que não estamos sozinhos na empresa socorrista, de vez que, muito antes de nós, Deus estava e continua a estar no caso de cada um.