Para todos nós, que ensinamos para aprender e aprendemos para ensinar lições de conduta evangélica, nos grupos de oração, impõe-se um problema que precisamos facear corajosamente o problema de viver na prática as teorias salvacionistas ou regeneradoras que abraçamos.
No círculo da prece, recolhemos a orientação, e fora dele somos intimados à tradução. Pensamentos elevados e feitos que lhes correspondam. Boas palavras e boas obras. Permanecer em casa nas mesmas diretrizes com que nos conduzimos no templo da fé.
Muitas vezes supomos seja isso muito difícil e acreditamos poder assumir duas atitudes distintas: aquela com que comparecemos corretamente perante Deus, através da oração, e aquela outra em que quase sempre pautamos os próprios atos pela invigilância, no trato com os irmãos da Humanidade. Urge, porém, reconhecer que Deus está em toda parte, e em toda parte é forçoso comportar-nos como quem se sabe na presença Divina.
Tanto se encontra o Criador com a criatura na oração quanto na ação.
Na prece, somos induzidos ao entendimento e à brandura, porque demandamos confiantemente a Misericórdia dos Céus, aguardando tolerância e amor para as nossas necessidades, mas é imprescindível lembrar que a Misericórdia dos Céus nos ouve e socorre com bondade infinita, para que venhamos a usar esses mesmos processos de apoio e bênção, ante as necessidades dos outros.
De que nos valeria apresentar uma fisionomia doce a Deus e um coração amargo aos companheiros do cotidiano, se todos eles são também filhos de Deus quanto nós?
Se ainda não conseguimos transferir o ambiente da oração para a nossa esfera de trabalho, esforcemo-nos em conquistar a sublime e indispensável realização.
A rogativa, perante o Senhor, é comparável ao cheque baseado no capital de serviço aos semelhantes.
Aprendemos, assim, a viver diante de Deus, atendendo aos nossos deveres para com o próximo, e a viver, diante do próximo, recordando as nossas obrigações perante Deus.