Rendição a Deus, a atitude certa para a vitória na vida.
Essa entrega, porém, não significa desistência de ação ou moleza espiritual.
Primeiro, o dever retamente cumprido. Depois, a aceitação. Nessa base, reconheceremos que as circunstâncias nos trazem aquilo que de melhor a existência nos possa oferecer.
No mecanismo das ocorrências, a oração ou o desejo expressam o pedido. Os acontecimentos posteriores consubstanciam a resposta da vida; e quem cumpre as obrigações que a vida lhe assinala, mantém a consciência segura e habilitada seja ao entendimento, seja à conformação.
No espírito harmonizado com a execução dos próprios compromissos, não há lugar para o desespero. Se alguma dor aparece, ela se representa como sendo o mal menor frustrando calamidades pendentes; problemas inesperados exprimem dilações necessárias em assuntos graves, cuja solução imediata geraria conflitos ainda mais inquietantes; supostas ingratidões repontam do solo afetivo, à maneira de poda na árvore da existência, favorecendo a mais ampla produção de felicidade e paz; e a própria morte natural, quando visita o lar terrestre, às vezes menos compreendida, é providência abençoada, evitando calvários pessoais e domésticos ou coibindo acontecimentos funestos de resultados imprevisíveis.
Ante as dificuldades do cotidiano, silenciemos quaisquer impulsos à rebeldia, e calemos reações irrefletidas à frente dos empeços da estrada.
Deus responde certo.
Atendamos ao trabalho que as circunstâncias nos preceituam e, depois do dever cumprido, aceitemos o que vier, na certeza de que para a consciência tranquila acontece o melhor.