A sala em que fomos recebidos pelo sacerdote Gregório semelhava-se a estranho santuário, cuja luz interior se alimentava de tochas ardentes.
Sentado em pequeno trono que lhe singularizava a figura no desagradável ambiente, a exótica personagem rodeava-se de mais de cem entidades em atitude adorativa. Dois áulicos, extravagantemente vestidos, manejavam grandes turíbulos, em cujo bojo se consumiam substâncias perfumadas, de violentas emanações.
Trajava ele uma túnica escarlate e nimbava-se de halo pardo-escuro, cujos raios, inquietantes e contundentes, nos feriam a retina.
Fixou em nós o olhar percuciente e inquiridor e estendeu-nos a destra, dando-nos a entender que podíamos aproximar.
Fortemente empolgado, acompanhei Gúbio.
Quem seria Gregório naquele recinto? Um chefe tirânico ou um ídolo vivo, saturado de misterioso poder?
Doze criaturas, ladeando-lhe o dourado assento, ajoelhavam-se, humildes, atentas às ordens que lhe emanassem da boca.
Com um simples gesto determinou regime sigiloso para a conversação que entabularia conosco, porque, em alguns segundos, o recinto se esvaziou de quantos dentro dele se achavam, estranhos à nossa presença.
Compreendi que cogitaríamos de grave assunto e fitei nosso orientador para copiar-lhe os movimentos.
Gúbio, seguido por Elói e por mim, a reduzida distância, acercou-se do anfitrião que o contemplava de fisionomia rude, passando, de minha parte, a espreitar o esforço de nosso Instrutor para contornar os obstáculos do momento, de modo a não classificar-se por mentiroso, à face da própria consciência.
Cumprimentou-o Gregório, exibindo fingida complacência, e falou:
— Lembra-te de que sou juiz, mandatário do governo forte aqui estabelecido. Não deves, pois, faltar à verdade.
Decorrida pequena pausa, acrescentou:
— Em nosso primeiro encontro, enunciaste um nome…
— Sim, — respondeu Gúbio, sereno, — o de uma benfeitora.
— Repete-o! — Ordenou o sacerdote, imperativo.
— Matilde.
O semblante de Gregório fez-se sombrio e angustiado. Dir-se-ia recebera naquele instante tremenda punhalada invisível. Dissimulou, no entanto, dura impassibilidade e, com a firmeza de um administrador orgulhoso e torturado, inquiriu:
— Que tem de comum comigo semelhante criatura?
Nosso orientador redarguiu, sem afetação:
— Asseverou-nos querer-te com desvelado amor materno.
— Evidente engano! — Aduziu Gregório, ferino, — minha mãe separou-se de mim, há alguns séculos. Ao demais, ainda que me interessasse tal reencontro, estamos fundamentalmente divorciados um do outro. Ela serve ao Cordeiro, eu sirvo aos Dragões.
Aquela particularidade da palestra bastava para que minha curiosidade explodisse, indômita. Quem seriam os Dragões a que se reportava? Gênios satânicos da lenda de todos os tempos? Espíritos caídos no caminho evolucionário, de inteligência voltada contra os princípios salutares e redentores do Cristo, que todos veneramos na condição do Cordeiro de Deus? Sem dúvida, não me equivocava; no entanto, Gúbio lançou-me significativo olhar, certamente depois de sondar-me, em silêncio, a perquirição íntima, convidando-me, sem palavras, a selar os lábios entreabertos de assombro.
Indiscutivelmente, aquele instante não comportava a conversação dum aprendiz e devia destinar-se às manifestações conscientes e seguras de um mestre.
— Respeitável sacerdote, — obtemperou o nosso orientador, com grande surpresa para mim, — não te posso discutir os motivos pessoais. Sei que há uma ordem absoluta na Criação e não ignoro que cada Espírito é um mundo diferente e que cada consciência tem a sua rota.
— Criticas, porventura, os Dragões, que se incumbem da Justiça? — Perguntou Gregório, duramente.
— Quem sou para julgar? — Comentou Gúbio, com simplicidade, — não passo dum servidor na escola da vida.
— Sem eles, — prosseguiu o hierofante, algo colérico, — que seria da conservação da Terra? Como poderia operar o amor que salva, sem a justiça que corrige? Os Grandes Juízes são temidos e condenados; entretanto, suportam os resíduos humanos, convivem com as nojentas chagas do Planeta, lidam com os crimes do mundo, convertem-se em carcereiros dos perversos e dos vis.
E à maneira da pessoa culpada, que estima longas justificações, continuou, irritadiço:
— Os filhos do Cordeiro poderão ajudar e resgatar a muitos. No entanto, milhões de criaturas, como sucede a mim mesmo, não pedem auxílio nem liberação. Afirma-se que não passamos de transviados morais. Seja. Seremos, então, criminosos, vigiando-nos uns aos outros. A Terra pertence-nos, porque, dentro dela, a animalidade domina, oferecendo-nos clima ideal. Não tenho, por minha vez, qualquer noção de Céu. Acredito seja uma corte de eleitos, mas o mundo visível para nós constitui extenso reino de condenados. No corpo físico, caímos na rede de circunstâncias fatais; contudo, a teia que os Planos inferiores nos prepararam servirá a milhões. Se é nosso destino joeirar o trigo do mundo, nossa peneira não se fará complacente. Experimentados que somos na queda, provaremos todos os que nos surgirem no caminho. Ordenam os Grandes Juízes que guardemos as portas. Temos, por isso, servidores, em todas as direções. Subordinam-se-nos todos os homens e mulheres afastados da evolução regular, e é forçoso reconhecer que semelhantes individualidades se contam por milhões. Além disso, os tribunais terrestres são insuficientes para a identificação de todos os delitos que se processam entre as criaturas. Nós, sim, é que somos os olhos da sombra, para os quais os menores dramas ocultos não passam despercebidos.
Ante o intervalo que se fizera, contemplei o rosto de Gúbio, que não apresentava qualquer alteração.
Fitando Gregório, com humildade, considerou:
— Grande sacerdote, eu sei que o Senhor Supremo nos aproveita em sua obra divina, segundo as nossas tendências e possibilidades de satisfazer-lhe os desígnios. Os fagócitos no corpo humano são utilizados na eliminação da impureza, do mesmo modo que a faísca elétrica irrompe, insofreável, a fim de sanar os desequilíbrios atmosféricos. Respeito, assim, o teu poder, porque se a Sabedoria Celeste conhece a existência das folhas tenras das árvores, sabe também a razão de teu extenso domínio; entretanto, não concordas em que a nossa interferência prevalece sobre a fatalidade, círculo fechado de circunstâncias que nós mesmos criamos? Não estou habilitado a apreciar o trabalho dos Juízes que administram estes pousos de sofrimento reparador… Conheço, contudo, os quadros pavorosos que se desdobram ao teu olhar. Observo, de perto, os criminosos que se imantam uns aos outros; sondo, de quando em vez, os dramas sombrios daqueles que jazem nas furnas de dor, magnetizados ao mal que praticaram, e não ignoro que a Justiça deve reinar, consoante as determinações soberanas. Todavia, respeitável Gregório, não admites que o amor, instalado nos corações, redimiria todos os pecados? Não aceitas, porventura, a vitória final da bondade, através do serviço fraterno que nos eleva e conduz ao Pai Supremo? Se gastássemos nos cometimentos divinos do Cordeiro as mesmas energias que se despendem a serviço dos Dragões, não alcançaríamos, mais apressadamente, os objetivos do supremo triunfo?
O sacerdote ouviu, contrariado, e clamou com desagradável inflexão de voz:
— Como pude escutar-te, calado, tanto tempo? Somos aqui julgadores na morte de todos aqueles que malbarataram os tesouros da vida. Como inocular amor em corações enregelados? Não disse o Cordeiro, certa vez, que não se deve lançar pérolas aos porcos? Para cada pastor de rebanho na Terra, há mil porcos ostentando as insígnias da carne. E se o teu Mestre reclama pegureiros ao seu apostolado, que fazer, de nossa parte, senão constituir equipes de inteligências vigorosas, especializadas em corrigir as criaturas delinquentes que se colocam sob nossa vara diretiva? Os Dragões são os gênios conservadores do mundo físico e se esmeram em preservar a aglutinação dos elementos planetários. Coerentes com a lógica, não entendem o paraíso de imposição. Se o amor conquistasse a Terra, de um dia para outro, desintegrando-lhe os abismos escuros a fim de que a luz sublime aí brilhasse para sempre, fácil e instantânea, como acomodar nesse clima celestial as consciências de lobos e leões, panteras e tigres (pela extrema analogia que ainda guardam com essas feras), almas essas que habitam formas humanas aos milhares de milhares? Que seria dos Céus se não vigiássemos os infernos?
Gargalhada sarcástica e estrepitosa seguiu-lhe as palavras.
Gúbio, porém, não se perturbou. Com simplicidade, tornou a considerar:
— Ouso lembrar, todavia, que, se nos lançássemos todos a socorrer os miseráveis, a miséria se extinguiria; se educássemos os ignorantes, a treva não teria razão de ser; se amparássemos os delinquentes, oferecendo-lhes estímulos à luta regenerativa, o crime seria varrido da face da Terra.
O sacerdote fez vibrar uma campainha, que me pareceu destinada a expandir-lhe as expressões de ira e gritou, rouquenho:
— Cala-te! Insolente! Sabes que te posso punir!…
— Sim, — concordou o nosso orientador, imperturbável, — suponho conhecer a extensão de tuas possibilidades. Eu e meus companheiros, à leve ordem de tua boca, podemos receber prisão e tortura e, se esta representa a vontade de teu coração, estamos prontos a recebê-las. Conhecíamos, de antemão, as probabilidades contra nós, nesta aventura; entretanto, o amor nos inspira e confiamos no mesmo Poder Soberano que te permite aplicar a justiça.
Gregório fitou Gúbio, assombrado, à vista de tamanha coragem e, decerto, aproveitando este a transformação psicológica do momento, enunciou com firmeza serena:
— Declarou-nos Matilde, a nossa benfeitora, que a tua nobreza não se esvaiu e que as tuas elevadas qualidades de caráter permanecem invioladas, não obstante a direção diferente que imprimiste aos passos; por isto mesmo, identificando-te o valor pessoal, chamo-te de “respeitável” nos apelos que te dirijo.
A cólera do sacerdote pareceu amainar-se.
— Não acredito em tuas informações, — acentuou, contrariado, — mas sê claro nas rogativas. Não disponho de tempo para falas inúteis.
— Venerável Gregório, — pediu nosso Instrutor, humilde, — serei breve. Ouve-me com tolerância e bondade. Não ignoras que tua mãe espiritual jamais se esqueceria de Margarida, ameaçada atualmente de loucura e morte, sem razão de ser…
Escutando o informe, o hierofante modificou-se visivelmente, expressando na fisionomia inquietação indisfarçável. A estranha auréola que lhe revestia a fronte revelou tonalidades mais escuras. Dureza singular transpareceu-lhe nos olhos felinos e os lábios se lhe contraíram num ricto de infinita amargura.
Tive a ideia de que ele nos fulminaria se pudesse, mas conteve-se, imóvel, apesar da expressão agressiva e rude.
— Não desconheces que Matilde possui na tua companheira de outras eras uma pupila muito amada ao coração. As preces dessa torturada filha espiritual atingem-lhe a alma abnegada e luminosa. Gregório: Margarida empenha-se em viver no corpo, faminta de redenção. Aspirações renovadoras banharam-lhe a meninice e, agora, que o casamento, em plena juventude, lhe revigoriza as esperanças, deseja demorar-se no campo de luta benéfica, de modo a ressarcir o passado culposo. Certamente, fortes razões te obrigam a constrangê-la ao retorno, porque lhe armaste caprichoso caminho de morte. Não te reprovo, nem te acuso, pois nada sou. E ainda que o Senhor me conferisse algum alto encargo representativo, não me competiria julgar-te, senão depois de haver vivido a tua própria tragédia, experimentando as tuas próprias dores. Sei, porém, que pelo amor e pelo ódio do pretérito ela permanece intensamente ligada aos raios de tua mente e todos sabemos que os credores e os devedores se encontrarão, uns com os outros, tarde ou cedo, face a face… Entretanto, a atual existência dela envolve largo serviço salvador. Desposou antigo associado de luta evolutiva que te não é estranho ao coração e reinará, maternalmente, num lar em que devotados benfeitores organizarão formoso ministério de trabalho iluminativo. Espíritos amigos da verdade e do bem se preparam a receber-lhe a ternura materna, quais flores abençoadas pelo orvalho celeste, em caminho de preciosa frutificação. Venho rogar-te, pois, seja suavizada a vindita cruel. Nossa alma, por mais impassível, modifica-se com as horas. O tempo tudo devasta e nos subtrai todos os patrimônios da inferioridade para que a obra de aperfeiçoamento permaneça. A matéria que nos serve às manifestações modifica-se com os dias. E, por mais invencíveis que fossem os poderosos Juízes aos quais obedeces, não ultrapassariam eles, de nenhum modo, a autoridade soberana do Todo-Misericordioso que lhes permite agir em nome da corrigenda, afeiçoando-lhes a tarefa ao bem comum.
Pesados minutos de expectação e silêncio caíram sobre nós.
Nosso Instrutor, no entanto, longe de desanimar, retomou a palavra, em voz súplice:
— Se ainda não consegues ouvir os recursos interpostos pela Lei do Cordeiro Divino que nos recomenda o amor recíproco e santificante, não te ensurdeças aos apelos do coração materno. Ajuda-nos a liberar Margarida, salvando-a da destrutiva perseguição. Não se faz imperioso o teu concurso pessoal. Bastar-nos-á tua indiferença, a fim de que nos orientemos com a precisa liberdade.
O hierofante riu-se, contrafeito, e acrescentou:
— Observo que conheces a justiça.
— Sim, — concordou Gúbio, melancólico.
O anfitrião, contudo, falou sem rebuços:
— Quem lavra sentenças, despreza a renúncia. Entre os que defendem a ordem, o perdão é desconhecido. Determinavam os legisladores da Bíblia que os arestos se baseassem no princípio da troca: “olho por olho e dente por dente”. (Lv
— Não discuto os motivos que te conduzem, — exclamou nosso orientador, entre aflito e entristecido, — todavia, ouso insistir na súplica fraterna. Auxilia-nos a conservar aquela existência valiosa e frutífera. Ajudando-nos, quem sabe? Talvez, pelos braços carinhosos da vítima de hoje poderias, tu mesmo, voltar ao banho lustral da experiência humana, renovando caminhos para glorioso futuro.
— Qualquer ideia de volta à carne me é intolerável! — Gritou Gregório, contrafeito.
— Sabemos, grande sacerdote, — continuou Gúbio, muito calmo, — que sem a tua permissão, em vista dos laços que Margarida criou com a tua mente, poderosa e ativa, ser-nos-ia difícil qualquer atividade libertadora. Promete-nos independência de ação! Não te pedimos sustar a sentença, nem pretendemos inocentar Margarida. Quem assume compromissos diante das Leis Eternas é obrigado a encará-los, de frente, agora ou mais tarde, para resgate justo. Rogar-te-íamos, contudo, adiamento na execução de teus propósitos. Concede à tua devedora um intervalo benéfico, em homenagem aos desvelos de tua mãe e, possivelmente, os dias se encarregarão de modificar este processo doloroso.
Demonstrando expressão de surpresa, em face da imprevista solicitação de adiamento, quando, nós mesmos, esperávamos que o orientador se impusesse, reclamando revogação definitiva, Gregório considerou, menos contundente:
— Tenho necessidade do alimento psíquico que só a mente de Margarida me pode proporcionar.
Perguntou Gúbio, mais encorajado:
— E se reencontrasses o doce reconforto da ternura materna, sustentando-te a alma, até que Margarida te pudesse fornecer, redimida e feliz, o sublimado pão do espírito?
O sacerdote levantou-se pela primeira vez e clamou:
— Não creio…
— E se propuséssemos semelhante bênção em troca de tua neutralidade ante o nosso esforço de salvação? Permitir-nos-ias agir concomitantemente com os servidores que te obedecem às ordens? Não os inclinarias contra nós e deixar-nos-ias ombrear com eles, tentando a restauração? O tempo, dessa forma, daria o último retoque em tuas decisões…
Gregório refletiu alguns instantes e redarguiu:
— É muito tarde.
— Porquê? — Indagou nosso Instrutor, inquieto.
— O caso de Margarida, — esclareceu o hierofante em tom significativo, — está definitivamente entregue a uma falange de sessenta servidores de meu serviço, sob a chefia de duro perseguidor que lhe odeia a família. A solução cabal poderia ter sido alcançada em poucas horas, mas não desejo que ela me volte às mãos, com a revolta de vítima, em cuja fonte interior só me fosse possível recolher as águas turvas do desespero e do fel. Será torturada como me torturou em outra época; padecerá humilhações sem nome e desejará a morte como valioso bem. Atingida a rendição pelo sofrimento dilacerante, a mente dela me receberá por benfeitor, amoroso e providencial, envolvendo-me nas emissões de carinho que, há muitos anos, venho esperando… Seria infrutífera qualquer tentativa liberatória. Os raciocínios dela vão sendo conturbados, pouco a pouco, e o trabalho de imantação para a morte estão quase terminados.
O nosso dirigente, no entanto, não se deu por vencido e insistiu:
— E se nos confundíssemos com a tua falange, tentando o serviço a que nos propomos? Compareceríamos, junto à enferma, como amigos teus e, sem te desrespeitarmos a autoridade, procuraríamos a execução do programa que nos trouxe até aqui, testemunhando a humildade e o amor que o Cordeiro nos ensina.
Gregório pensava, maduramente, em silêncio, mas Gúbio prosseguia com simplicidade e firmeza:
— Concede!… Concede!… Dá-nos tua palavra de sacerdote! Lembra-te de que, um dia, ainda que não creias, enfrentarás, de novo, o olhar de tua mãe!
O interpelado, após longos minutos de reflexão, ergueu os braços e asseverou:
— Não creio nas possibilidades do tentame; todavia, concordo com a providência a que recorres. Não interferirei.
Em seguida, tilintando a campainha de modo particular, determinou que os auxiliares se reaproximassem. Como que semivencido na batalha em que se empenhara com a própria consciência, invocou a presença de um certo Timão, que nos surgiu pela frente surpreendendo-nos com seu semblante de carrasco. Dirigiu-lhe a palavra, indagando pelo andamento do “caso-Margarida”, ao que o preposto informou estar o processo de alienação mental quase pronto. Questão de poucos dias para a segregação em casa de saúde.
Indicando-nos, algo constrangido, determinou Gregório que o auxiliar de sinistro aspecto nos situasse junto da falange que operava, ativa, na execução gradual do seu decreto de morte.
[, protetora de .]
Espíritos caídos no mal, desde eras primevas da Criação Planetária, e que operam em zonas inferiores da vida, personificando lideres de rebelião, ódio, vaidade e egoísmo; não são, todavia, demônios eternos, porque individualmente se transformam para o bem, no curso dos séculos, qual acontece aos próprios homens. — Nota do Autor espiritual.
Não devemos esquecer que a argumentação procede de um Espírito poderoso nos raciocínios e que ainda não aceitou a iluminação do Cristo, idêntico, pois, a muitos homens representativos do mundo, obcecados pelos desvarios da inteligência. — Nota do Autor espiritual.