Segue-me - capa

Segue-me

Capítulo XXIII
Ilustração tribal

Confiaremos

“E se sabemos que ele nos ouve, quanto ao que lhe pedimos, estamos certos de que obtemos os pedidos que lhe temos feito“. João (I João 5:15)

“E se sabemos que ele nos ouve, quanto ao que lhe pedimos, estamos certos de que obtemos os pedidos que lhe temos feito.” — JOÃO (1Jo 5:15)


Em nos dirigindo ao Senhor, rogando alguma concessão, condicionemo-nos ao Critério Divino.

Digamos no íntimo do ser:

“Se julgardes, Senhor, que isso nos ajudará a ser melhores para os nossos irmãos, em louvor dos vossos desígnios…”

“Se considerardes que assim poderemos ser mais úteis em vossa obra…”

E façamos dentro de nós o silêncio preciso, emudecendo qualquer indisciplina mental.

Sintonizemos o coração em ponto certo, ou, melhor, liguemos o pensamento para a Infinita Sabedoria, tendo o cuidado imprescindível para que a estática de nossas paixões e sensações não interfira com a recepção da bênção que nos advirá da Divina Bondade. Oremos, unindo-nos aos planos do Senhor, sem exigir que os planos do Senhor se submetam aos nossos, e aprenderemos a ver e a aceitar o que seja melhor para nós, asserenando o coração.

Não gritarmos “eu quero…” mas afirmar, em nossa condição de Espíritos imperfeitos: “se posso querer…”

Em qualquer setor de organização humana, o benefício solicitado se divide em duas fases essenciais — o pedido e a solução.

Forçoso, porém, reconhecer que, se todo pedido é livre, qualquer solução exige exame.

Empregadores não atendem às requisições dos subordinados sem analisar-lhes a ficha de mérito, sob pena de prejudicarem a máquina administrativa. Professores não satisfarão exigências de alunos sem, antes, lhes observar o aproveitamento, se não querem perturbar as funções educativas da escola.

É lícito rogar ao Senhor tudo aquilo de que carecemos e até mesmo tudo quanto quisermos, porquanto na maioria das ocasiões não passamos de crianças caprichosas, mas saibamos implorar dele a compreensão necessária para recebermos as respostas do Alto, sem prejuízo para a harmonia da vida, porque, se sabemos o meio exato e amplo de pedir, somente Deus — pelos Mensageiros Divinos que o representam, junto de nós — sabe, em nosso favor, como, onde e quando nos atender.




Reformador, dezembro 1966, p. 267.