“Para que aproveis as coisas que são excelentes, para que sejais sinceros e sem escândalo algum.” — PAULO (Fp
O amor é a força divina do Universo.
É imprescindível, porém, muita vigilância para que não a desviemos na justa aplicação.
Quando um homem se devota, de maneira absoluta, aos seus cofres perecíveis, essa energia, no coração dele, denomina-se “avareza”; quando se atormenta, de modo exclusivo, pela defesa do que possui, julgando-se o centro da vida, no lugar em que se encontra, essa mesma força converte-se nele em “egoísmo”; quando só vê motivos para louvar o que representa, o que sente e o que faz, com manifesto desrespeito pelos valores alheios, o sentimento que predomina em sua órbita chama-se “inveja”.
O ódio é, comumente, o amor envenenado de ontem.
O ciúme é o amor vestido de espinhos dilacerantes.
A soberba é o amor desvairado a si próprio.
Paulo, escrevendo a amorosa comunidade filipense, formula indicação de elevado alcance. Assegura que “o amor deve crescer, cada vez mais, no conhecimento e no discernimento, a fim de que o aprendiz possa aprovar as coisas que são excelentes.”
Instruamo-nos, pois, para conhecer.
Eduquemo-nos para discernir.
Cultura intelectual e aprimoramento moral são imperativos da vida, possibilitando-nos a manifestação do amor, no império da sublimação que nos aproxima de Deus.
Atendamos ao conselho apostólico e cresçamos em valores espirituais para a eternidade, porque, muitas vezes, o nosso amor é simplesmente querer e tão somente com o “querer” é possível desfigurar, impensadamente, os mais belos quadros da vida.
Essa mensagem foi publicada originalmente no Reformador em junho de 1950, página 122, pela FEB e posteriormente no livro “”. Tanto no Reformador quanto no presente livro a lição está completa; no livro Fonte viva notamos a ausência dos parágrafos contidos entre os indicadores 6 e 8, e o versículo estudado é Filipenses, 1.9, enquanto nesse livro o versículo citado é 1.10 e no Reformador, 1:9,10.