“Mas a sabedoria que vem do Alto é pura, pacífica, moderada, tratável, cheia de misericórdia e de bons frutos, sem parcialidade e sem hipocrisia.” — (Tg
Se o conhecimento da fé gerou veneno para a tua palavra, a desvairar-se em ataques e críticas, a pretexto de preservar a verdade, guarda contigo bastante cautela, porque não é com rixosas interpretações que te farás embaixador da Espiritualidade Sublime.
A inspiração da Vida Superior manifesta-se sem qualquer artifício. Quem fala, em nome do Senhor, não necessita de longos e complicados discursos.
É apaziguante e benevolente, sem qualquer recurso à força.
É moderado, sem inclinar-se ao desequilíbrio.
É compreensivo, sem alardear superioridade contundente.
É repleto de entendimento e carinho, frutificando em bênçãos de alegria e reconforto para os que se aproximem da fonte em que se exterioriza.
Não se apaixona, nem finge.
Compreende as criaturas, no plano em que cada uma se coloca, exerce a bondade, em todas as ocasiões, cultiva a paciência nos obstáculos e distribui o coração, entre a energia que constrói e a gentileza que estimula.
A sabedoria do Alto plasma os verdadeiros valores da educação.
Os orientadores do mundo satisfazem a inteligência e enriquecem o patrimônio intelectual. Jesus Cristo, contudo, aprimora o sentimento.
A universidade ilustra o cérebro. O Evangelho aperfeiçoa o coração.
Se desejas, pois, conservar contigo a riqueza espiritual que desce do Plano Superior, caminha, entre os homens, aplicando as lições de Jesus, no esforço de cada dia.
Reformador, fevereiro 1953, p. 27.