“Que não amemos de palavras nem de língua, mas de obras e de verdade.” — JOÃO (1Jo
Inegavelmente, não prescindimos da palavra na criação dos valores de nossa fé.
Pelo verbo Jesus plasmou, na Terra, os fundamentos do Reino de Deus, estabelecendo entre os homens nova concepção da vida; no entanto o poder crescente e renovador de sua lição nasce do exemplo que lhe valoriza a Divina Mensagem.
O Evangelho, por isso, é roteiro de luz não só pelos ensinamentos que encerra, mas pelo testemunho pessoal com que foi vivido.
Lembra-te de que, pelas contradições entre a palavra e o sentimento, entre as nossas afirmativas e as nossas obras, muitas vezes temos perdido valiosas oportunidades no curso de nossas reencarnações.
Admiramos o Cristianismo sem coragem de aplicá-lo.
Adocicamos a expressão verbal, ensinando o bem por fora, sem renovar-nos por dentro para fazê-lo.
Esperamos que os outros se disponham à obediência, guardando para nós a prerrogativa do mando.
Exigimos que o companheiro atenda hoje ao dever de servir, adiando para o indefinido amanhã o cumprimento de nossas obrigações.
Ocultando-nos, quase sempre, por trás de máscaras tranquilas alimentamos, na intimidade de nós mesmos, a fermentação da malícia com que nos acomodamos com as trevas.
Sempre que possas, ensina o caminho do bem aos semelhantes, contudo, tanto quanto possas, deixa que o bem se expresse em tua vida. Para que vivamos na paz criadora e santificante do Mestre é indispensável amar o próximo, não apenas com a língua, mas, acima de tudo, de almas imersas no amor, despendendo, cada dia, suor e renúncia, trabalho e coração.