“Na vossa paciência, possui as vossas almas.” — JESUS (Lc
Afinal de contas, ter paciência não será sorrir para as maldades humanas, nem coonestar suas atividades indignas sobre a face do mundo.
Concordar alguém com todos os males da senda terrestre, a pretexto de revelar essa virtude, seria um contrassenso absurdo. Ter paciência, então, será resistir aos impulsos inferiores que nos cerquem na estrada evolutiva, conduzindo todo o bem que nos seja possível aos seres e coisas que se achem diante de nós, como a representação desses mesmos impulsos.
Jesus foi o modelo da paciência suprema e resistiu à nossa inferioridade, amando-nos. Não se nivelou com as nossas fraquezas, mas valeu-se de todas as ocasiões para nos melhorar e conduzir ao bem. Sua misericórdia tomou os nossos pecados e transformou cada um em profunda lição para a reforma de nós mesmos. Não aplaudiu as nossas misérias, nem sorriu para os nossos erros, mas compreendeu-nos as deficiências e amparou-nos. Embora tudo isso, resistiu-nos sempre, dentro de seu amor, até a cruz do martírio.
A paciência do Cristo é um livro aberto para todos os corações inclinados ao bem e à verdade.
Somente pela sincera resistência ao mal, com a disposição fiel de transformá-lo no bem, conseguireis possuir as vossas almas. Ao contrário disso, ainda que vos sintais autônomos e fortes, vós mesmos é que sereis possuídos por tendências indignas ou sentimentos inferiores.
Portanto, justo é que busqueis saber, hoje mesmo, se já possuís os vossos corações ou se estais ocupados pelas forças estranhas ao vosso título de filhos de Deus.
O título entre parênteses é o mesmo da mensagem original publicada pela FEB no Reformador em janeiro 1942 e é a 185ª lição do 3º volume do livro “”