“A manifestação do Espírito é concedida a cada um, visando a um fim proveitoso.” — PAULO (1co
São muitos os chamados ao campo da atividade espírita-cristã.
Encontramo-los, a cada trecho do caminho, sobretudo relacionando fenômenos.
Descrevem sonhos, expõem revelações que lhes dizem respeito, alinham ocorrências de sentido premonitório, narram visões…
A maioria, no entanto, deserta do serviço.
Alguns chegam a solicitar o socorro de amigos para se livrarem das possibilidades medianímicas com que foram beneficiados, à maneira de enfermos interessados em evitar o remédio que lhes asseguraria a saúde ou de lavradores que se determinassem a fugir do arado capaz de propiciar-lhes o tesouro da colheita. Junto desses aparecem ainda os que se encantam com os recursos psíquicos de que são detentores, para atraírem vantagens pessoais ante os caçadores de entretenimentos vazios.
A observação do Evangelho, todavia, é clara demais para que nos enganemos.
Ninguém recebe disponibilidades mediúnicas para escondê-las ou esbanjá-las através de inutilidade ou conveniência.
Reflitamos no conceito sábio e oportuno do apóstolo Paulo: “A manifestação do Espírito é concedida a cada um, visando a um fim proveitoso.”
(Reformador, abril 1965, página 74)