“Tu, porém, fala o que convém à sã doutrina.” — PAULO (Tt
Espíritos encarnados e desencarnados, a serviço da evangelização, em nosso próprio benefício, muitas vezes somos arrastados ao verbo deturpado ou violento.
Erro comum a nós todos, sempre que desprevenidos de mais ampla visão de conjunto.
Centralizamos a atenção em nódoas e defeitos, faltas e quedas, conferindo-lhes um poder que não possuem ou exagerando-lhes a feição.
E enquanto isso ocorre, perdemos tempo, retardando as edificações espirituais que nos competem, à maneira de operários que furtassem as horas do trabalho em que se engajaram para medir a lama do caminho que o sol há de secar.
Avisemo-nos, tanto quanto possível, contra semelhante impropriedade.
Conversando ou escrevendo, informando ou pregando, imunizemos a nossa área de obrigações, desterrando o mal, seja de nosso pensamento ou de nossa palavra.
Se nos constitui dever de setor identificar a presença da sombra e afastá-la, sempre que a sombra ameace a comunidade, façamos luz sem tumulto contraproducente, mas fujamos de comprometer a obra do Senhor, pisando ou repisando deficiências, chagas, mazelas e infortúnios alheios, convictos de que fomos chamados a falar o que convém à sã doutrina.
(Reformador, junho 1965, página 123)