“Por isso mesmo, vós reunindo toda a vossa diligência, associai com a vossa fé a virtude…” — PEDRO (2Pe
Não há tanto mérito em que domines essa ou aquela ciência e sim em que lhe utilizes os recursos a fim de ajudar os companheiros da Humanidade a se desvencilharem da insipiência e da ignorância.
Não há tanto mérito em tua pureza de coração, mas sim no esforço que desenvolvas em benefício dos irmãos chafurdados no erro, de modo a soerguê-los para a restauração necessária.
Não há tanto mérito em tua fé ardente e sim no trabalho a que te apliques com ela no apoio àqueles que ainda não lhe entesouraram a luz, para que não lhes falte à mesa o pão da esperança.
Não há tanto mérito na posse que detenhas, mas sim no emprego que lhe dês em socorro aos que te cercam ou no auxílio aos sofredores e menos felizes, dos quais te vês defrontado na experiência comum.
Não há tanto mérito em teu nome, por mais nobre seja ele, e sim no uso do prestígio que desfrutes amparando a jornada de quantos te compartilhem o esforço do dia a dia.
Virtude sem proveito é brilhante no deserto.
Inteligência sem boas obras é tesouro enterrado.
Fita o sol acalentando a lama da Terra e compreenderás o ensino claro da natureza que nos determina, sabiamente, entender e servir, abençoar e auxiliar.
Em qualquer parte a vida te conhece pelo que és, mas apenas te valoriza pelo que fazes de ti.
Reformador, janeiro 1970, p. 2.