“Eu, porém, vos digo: Amai os vossos inimigos…” — JESUS (Mt
O ofensor apareceu diante de ti à maneira de um teste de aprimoramento moral.
Injuriou-te o nome.
Zombou-te dos brios.
Gritou-te ameaças.
Golpeou-te os sentimentos.
Desafiou-te a capacidade de tolerância.
Apedrejou-te os ideais.
Escarneceu-te dos propósitos.
Torturou-te o pensamento.
Disse Jesus: “Ama os teus inimigos”, mas não recomendou que os tomássemos por modelos de serviço e conduta, quando os nossos opositores se afeiçoem ao mal.
Mentaliza um homem estirado no charco. É razoável lhe estendas a mão, no fito de socorrê-lo; entretanto, nada justifica te afundes, por isso, conscientemente no barro.
É preciso salvar as vítimas do incêndio, mas a vida não te pede o mergulho desamparado nas chamas.
O adversário é sempre alguém digno do auxílio ao nosso alcance, mas nem sempre, com desculpa de amor, devemos fazer aquilo que ele estima fazer.
[Reformador, fevereiro de 1965, p. 26]