“Não peço que os tires do mundo e sim que os livres do mal.” — JESUS (Jo
Indubitavelmente os cristãos de todas as procedências são chamados a viver no mundo sem se agarrarem ao mundo, para servirem ao mundo em nome do Senhor, valorizando consequentemente a si mesmos.
É assim que será possível encontrá-los em todas as posições.
Aqui e além somos defrontados por muitos companheiros que não compreendem o cristão verdadeiro sem a moldura externa do sofrimento. Entretanto, poucos se decidem a pensar no tormento dos que exibem sinais de conforto por fora, carregando no íntimo pesadas cruzes morais.
Bendito seja o lavrador que aprendeu a conquistar respeitabilidade e sustentação com o suor de cada dia, mas será menos bendito o dono do campo que passa, de semana a semana, sob o fogo mental da responsabilidade para manter a cúpula da lavoura indene de prejuízo e insucesso, tão só porque se apresente no mundo em forma diferente, nos mecanismos da representação social?
Bendito seja o irmão que bate à porta da sopa fraterna, mostrando paciência e humildade no quadro de penúria em que se destaca; no entanto, será menos bendita a irmã que olvida o convite ao repouso para atendê-lo, apenas porque disponha de pão suficiente para distribuir?
Saibamos honrar cada obreiro na tarefa que a vida lhe atribui e recordemos que o próprio Jesus, em oração, pediu sabiamente ao Pai, em se referindo aos discípulos e seguidores: — “Não vos peço que os tires do mundo e sim que os livres do mal.”
(Reformador, abril 1967, p. 74)